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Ronaldo e a família vieram de longe para conhecer a Graciosa | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Ronaldo e a família vieram de longe para conhecer a Graciosa| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo
  • A trajeto ladeado por natureza exuberante da Estrada da Graciosa atrai também quem conhece a rodovia há décadas. É o caso do sueco Benedict Holdener, 78 anos, e da curitibana Clecy Werneck, 73 (foto). O casal costuma passar pela estrada rumo ao sítio de Holdener, que fica na Vila Candonga, em Morretes. Além de driblar o pedágio, eles podem esticar o passeio com um lanchinho. Independentemente das razões que trazem os visitantes à Graciosa, os comerciantes à beira da estrada estão satisfeitos.

O verão tem sido gentil com a Estrada da Graciosa. Após um 2014 difícil devido a um desmoronamento no quilômetro 10 – que provocou o esvaziamento e o fechamento de vários comércios até que o trecho fosse reconstruído –, a famosa rodovia que liga a região de Curitiba ao Litoral do Paraná começou 2015 com fluxo médio de três mil veículos ao dia durante a semana e picos de até 10 mil nos sábados e domingos, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Estadual.

O movimento de turistas e veranistas trouxe novo fôlego aos cerca de 60 pequenos comerciantes instalados nos inúmeros recantos ao longo dos 28,5 quilômetros da PR-410 e em localidades como Mãe Catira e São João da Graciosa. A estimativa da Associação Comercial da Graciosa é de que os três meses de verão movimentem até R$ 1 milhão na região.

"A Serra da Graciosa sempre foi destino de turistas, mas nesse verão está surpreendendo, com movimento maior do que o anterior. O fluxo de carros e visitantes praticamente duplicou desde a reconstrução da estrada. Nos fins de semana, há congestionamento devido ao excesso de carros. A ponte sobre o Rio Nhundiaquara não dá conta do tráfego", observa Gilton Dias, presidente da associação dos comerciantes.

Nem parece o mesmo Dias de cinco meses atrás, quando o desânimo gerado pelo período de portas fechadas havia resultado em prognósticos nada positivos sobre a recuperação da região. Na época, apostava-se que seriam necessários no mínimo seis meses para os comerciantes se reerguerem.

"O que passou foi esquecido. Praticamente todos os comércios já se recuperaram dos prejuízos e estão a todo vapor", comemora Dias. Em sua loja, ele comercializa pastel, bala de banana, caldo de cana, pamonha e coxinha de aipim, além de conservas produzidas localmente. Quando o movimento está alto, chega a vender 400 pastéis e 250 coxinhas em um dia.

Turismo

A Graciosa também é o caminho escolhido por turistas que vêm para o litoral do Paraná e aproveitam para conhecer a estrada e Morretes. Segundo Dias, a maior parte dos visitantes de fora vêm de outros estados. Um exemplo é a família de Ronaldo Adriano, 36 anos, que veio de Colíder, no Mato Grosso, para conhecer a Graciosa. Foram 38 horas de viagem e 2,4 mil km percorridos.

Adriano, a esposa e os dois filhos têm parentes em Curitiba. A família reuniu um grupo de 15 pessoas e resolveu ir a Praia de Leste pela rodovia turística em vez de optar pela BR-277. "Eu não conhecia [a Graciosa]. Pesquisei na internet sobre a estrada e sobre Morretes, e outras pessoas já haviam falado bastante da região. É muito bonita, vale a pena fazer o desvio", conta Adriano. Animada, a família dividida em cinco carros parava em todos os recantos da rodovia para fotografar e experimentar algum produto local. O petisco preferido? O pastel acompanhado de caldo de cana gelado.

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