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Em março (à esq.), as chuvas fizeram 40 m da via ceder. Ontem, carros voltaram a passar | Arnaldo Alves/ ANPr
Em março (à esq.), as chuvas fizeram 40 m da via ceder. Ontem, carros voltaram a passar| Foto: Arnaldo Alves/ ANPr

A Estrada da Graciosa (PR-410), que estava interditada havia quatro meses, teve o tráfego liberado por volta das 10 horas de ontem, informou o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR). A rodovia histórica estava bloqueada desde 13 de março, quando o excesso de chuvas fez ceder cerca de 40 metros de pista no km 10,8.

Para que fosse possível o retorno do trânsito ao local, uma ponte precisou ser construída no ponto em que se formou uma cratera. Por enquanto, a ponte não foi totalmente concluída e o fluxo ocorrerá apenas em meia-pista. A liberação total deve ocorrer apenas em setembro, segundo o DER-PR e, até lá, um semáforo vai organizar o fluxo no trecho da via. Às 10 horas ele ainda não estava funcionando, mas técnicos faziam ajustes e a previsão era de que ele passasse a operar ainda ontem.

Com o retorno do movimento, a expectativa dos comerciantes é de retomar a rotina e lucrar com a volta dos turistas. Ou ao menos recuperar as perdas em decorrência do fechamento da estrada em plena Copa do Mundo.

De acordo com Gilton Dias, presidente da Associação Comercial da Graciosa, o prejuízo chega a R$ 600 mil, pois além do que os restaurantes e quiosques deixaram de vender, estoques de produtos foram perdidos e as contas atrasaram. Pelo menos 60 pequenos comerciantes foram afetados pela interdição. Eles vivem e têm suas atividades em localidades como Mãe Catira e São João da Graciosa.

A estrada

A rodovia é uma antiga rota de tropeiros no século 18 e um dos caminhos mais famosos de ligação entre a Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral do Paraná. Tombada como Patrimônio Cultural e Histórico do Paraná, a Graciosa tem uma extensão de 28,5 quilômetros ladeada por natureza exuberante. A paisagem atrai centenas de turistas e visitantes, principalmente nos fins de semana e feriados – quando, estima-se, passem pela estrada até 10 mil pessoas.

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