• Carregando...
Acidente na BR-396, próximo a Corbélia, no Oeste, dia 31, às 23 horas: três pessoas morreram | Aílton Santos/Jornal Hoje
Acidente na BR-396, próximo a Corbélia, no Oeste, dia 31, às 23 horas: três pessoas morreram| Foto: Aílton Santos/Jornal Hoje
  • Confira as estatísticas de acidentes no Natal e ano-novo

PONTA GROSSA - O número de mortes nas estradas do Paraná durante o feriado de final de ano diminuiu em relação ao ano passado em 21,5%, passando de 23 para 18 casos, segundo dados consolidados das polícias rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE). O feriado do ano passado, no entanto, teve um dia a mais. Na comparação – adotada pela PRF – entre este Natal e ano-novo, a série histórica não se confirmou no Paraná. Pelo contrário: aumentaram os números de feridos e acidentes.

Apesar de o número de mortes no Paraná (18) se manter exatamente o mesmo neste Natal e réveillon, no último final de semana aconteceram mais acidentes, 409 contra 391 (uma variação positiva de 5%), e um maior número de feridos, 326 contra 270 (aumento de 20%).

A PRF registrou também um movimento recorde nas principais rodovias que levam aos litorais paranaense e catarinense no réveillon. Nas BRs 376 e 277 foram registrados, respectivamente, picos de 4 mil e 2,9 mil veículos por hora, tráfego pelo menos cinco vezes mais intenso que nos dias normais.

Em todo o Brasil, ocorreram 1.844 acidentes nas estradas federais durante o feriado de ano-novo, 106 pessoas morreram e 1.294 ficaram feridas. A fiscalização dos policiais nos 66 mil quilômetros de estradas flagrou 292 motoristas que foram reprovados no teste do bafômetro – 128 foram presos por embriaguez ao volante. Outras 264 pessoas foram presas por outros crimes e 332 carteiras de habilitação foram recolhidas. De acordo com o balanço, foram aplicados nos três dias 39.482 multas – uma média de 1 a cada 6 segundos. As multas por excesso de velocidade correspondem a cerca de 70% do total no período.

Responsabilidade

Na opinião de Fernando Pedrosa, consultor na área de Trânsito e ex-coordenador do Programa de Redução de Acidentes (PARE), do Ministério dos Transportes, a sociedade brasileira está anestesiada e acha normal o quadro de violência no trânsito. "A quase totalidade dos casos de mortes é por motivo de imperícia ou negligência do motorista. A má formação dos condutores aliada ao pouco efetivo para fiscalização e a impunidade são os combustíveis desse filme de terror que se repete todos os anos no Brasil", diz.

Outro aspecto que incomoda o consultor são as justificativas para as mortes. "Num ano é porque o feriado é mais longo, noutro a culpa é da chuva, se não chove [a explicação] é porque o tempo estava bom e os motoristas correm mais. É preciso que a sociedade assuma a responsabilidade; que os motoristas tenham consciência de que podem morrer e matar no trânsito", sugere o especialista.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]