
PONTA GROSSA - O número de mortes nas estradas do Paraná durante o feriado de final de ano diminuiu em relação ao ano passado em 21,5%, passando de 23 para 18 casos, segundo dados consolidados das polícias rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE). O feriado do ano passado, no entanto, teve um dia a mais. Na comparação adotada pela PRF entre este Natal e ano-novo, a série histórica não se confirmou no Paraná. Pelo contrário: aumentaram os números de feridos e acidentes.
Apesar de o número de mortes no Paraná (18) se manter exatamente o mesmo neste Natal e réveillon, no último final de semana aconteceram mais acidentes, 409 contra 391 (uma variação positiva de 5%), e um maior número de feridos, 326 contra 270 (aumento de 20%).
A PRF registrou também um movimento recorde nas principais rodovias que levam aos litorais paranaense e catarinense no réveillon. Nas BRs 376 e 277 foram registrados, respectivamente, picos de 4 mil e 2,9 mil veículos por hora, tráfego pelo menos cinco vezes mais intenso que nos dias normais.
Em todo o Brasil, ocorreram 1.844 acidentes nas estradas federais durante o feriado de ano-novo, 106 pessoas morreram e 1.294 ficaram feridas. A fiscalização dos policiais nos 66 mil quilômetros de estradas flagrou 292 motoristas que foram reprovados no teste do bafômetro 128 foram presos por embriaguez ao volante. Outras 264 pessoas foram presas por outros crimes e 332 carteiras de habilitação foram recolhidas. De acordo com o balanço, foram aplicados nos três dias 39.482 multas uma média de 1 a cada 6 segundos. As multas por excesso de velocidade correspondem a cerca de 70% do total no período.
Responsabilidade
Na opinião de Fernando Pedrosa, consultor na área de Trânsito e ex-coordenador do Programa de Redução de Acidentes (PARE), do Ministério dos Transportes, a sociedade brasileira está anestesiada e acha normal o quadro de violência no trânsito. "A quase totalidade dos casos de mortes é por motivo de imperícia ou negligência do motorista. A má formação dos condutores aliada ao pouco efetivo para fiscalização e a impunidade são os combustíveis desse filme de terror que se repete todos os anos no Brasil", diz.
Outro aspecto que incomoda o consultor são as justificativas para as mortes. "Num ano é porque o feriado é mais longo, noutro a culpa é da chuva, se não chove [a explicação] é porque o tempo estava bom e os motoristas correm mais. É preciso que a sociedade assuma a responsabilidade; que os motoristas tenham consciência de que podem morrer e matar no trânsito", sugere o especialista.
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