• Carregando...
Veículos da concessionária Autopista Litoral Sul, do grupo OHL: assistência 24 horas por dia | Divulgação
Veículos da concessionária Autopista Litoral Sul, do grupo OHL: assistência 24 horas por dia| Foto: Divulgação
  • Confira os números telefônicos gratuitos e a infra-estrutura de cada concessionária

As concessionárias Autopista Régis Bittencourt, Autopista Planalto Sul e Autopista Litoral, do grupo OHL, que venceram a licitação para a implantação de novos pedágios nas rodovias paranaenes, passarão a oferecer os serviços de socorro médico e mecânico a partir de hoje nos trechos concessionados. Os usuários da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116, trecho São Paulo–Curitiba), da BR-116, no trecho de Curitiba à divisa SC–RS, e das BRs 116 (Contorno Leste), 376 e 101, entre Curitiba e Florianópolis, também terão disponíveis veículos de inspeção de tráfego e combate a incêndios, resgate de animais na pista e atendimento telefônico gratuito. A assistência será 24 horas por dia.

Esses trechos fazem parte de lotes de rodovias que foram oferecidas à iniciativa privada na segunda etapa de concessões do governo federal. As concessionárias tinham prazo de seis meses, que se encerrou hoje, para concluir os trabalhos iniciais, como reparos na pista, sinalização e eliminação de problemas emergenciais.

A OHL aguarda o fim da construção das praças de pedágio e um relatório técnico da vistoria feita pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para iniciar as cobranças. A previsão inicial para o início do pedágio também era hoje. Porém problemas burocráticos do governo federal, como licenças ambientais e desapropriação de terras, atrasaram a conclusão das obras. A ANTT afirmou que avaliará cada caso, mas se a demora não for responsabilidade das concessionárias, elas poderão ser ressarcidas pelo aumento das tarifas. A previsão é que a cobrança se inicie entre outubro e novembro.

Enio Palazzi, diretor-superintendente da Autopista Régis Bittencourt, informou que as próximas obras devem ser a duplicação da Serra do Cafezal, em São Paulo, e Contorno Norte, em Curitiba. "A previsão é que estejam prontas depois de 2011. Nesta primeira etapa fizemos somente reparos, como roçada, sinalização e emenda de buracos", diz. Serão construídas quatro novas praças de pedágio no estado: em São José dos Pinhais, em Mandirituba, em Rio Negro e em Campina Grande do Sul. A construção também foi prejudicada em função das chuvas. As principais obras executadas no trecho que liga o Paraná a Santa Catarina foram a recuperação do asfalto na Serra do Espigão e do conserto dos ventiladores do túnel do Morro do Boi, em Balneário Camboriú.

O assessor jurídico do Fórum Popular contra o Pedágio, Gehad Hajar, afirma, no entanto, que a longo prazo o pedágio pode não ser uma boa idéia. "Temos que levar em conta que com as novas praças não será possível sair de Curitiba sem pagar", alerta. "Todas as vias de acesso à cidade serão pedagiadas. E as obras iniciais são apenas tapa-buraco." Hajar afirma que na Europa, por exemplo, as concessionárias são obrigadas a construir novas vias, e não somente mantê-las como ocorre no Brasil, além de haver pistas alternativas livres de tarifas para o tráfego. "Essas estradas foram construídas com o dinheiro público", lembra. "Não é justo pagarmos mais uma vez."

* * * * *

Interatividade

Você concorda com a cobrança de pedágio nas estradas que ligam Curitiba a São Paulo e Santa Catarina?

Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br

As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]