76 médicos estrangeiros foram destinados às cidades paranaenses na segunda fase do programa Mais Médicos desses, 57 são cubanos. Os estrangeiros atuarão em 18 municípios. Entre os cubanos, nove ficarão em Curitiba, sete vão para Londrina e seis para Guarapuava. Até agora, 2,4 mil médicos cubanos chegaram ao Brasil.
Os médicos Eriberton Delgado Gonzáles e Kenia Hernández Proenza estão entre os 57 profissionais cubanos que vão trabalhar no Paraná por meio do programa Mais Médicos. Ontem, eles e os outros 74 profissionais formados no exterior que começam a trabalhar na segunda-feira se encaminharam aos municípios para os quais foram designados. Ao todo, 18 cidades do estado receberão médicos intercambistas nesse segundo ciclo do programa para 17 delas vão cubanos.
Especialista em medicina familiar, Eriberton González foi designado para Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Antes de vir para o Brasil, o cubano esteve em missão em outros dois países: Bolívia e Venezuela. "Trabalhei em comunidades indígenas e em locais muito pobres. No Brasil, vamos fazer um trabalho semelhante. Vamos para onde não chegam os médicos. Não estamos aqui para roubar o trabalho de ninguém", afirma González.
Ele diz não ter medo de encontrar dificuldades para entender o que falam os pacientes e ser entendido por eles. "Falando pausadamente, eu consigo entender tudo o que me falam e eu consigo me fazer entender. Além disso, as palavras médicas em espanhol e em português são muito semelhantes", garante.
Kenia Proenza também diz não ter medo da barreira da língua. Formada há 11 anos, ela vai trabalhar em Sarandi, na Região Metropolitana de Maringá. Essa é a segunda missão internacional de Kenia. Antes do Brasil, a médica esteve dois anos na Bolívia onde atuou na Operación Milagros, que tratava de problemas oftalmológicos da população pobre. "Foi muito gratificante a experiência lá. Agora estou aqui para ajudar os brasileiros."
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Ao longo desta semana, os médicos estrangeiros vão conhecer o sistema de saúde dos municípios em que vão trabalhar. A expectativa é que eles iniciem as atividades já na segunda-feira. Isso, no entanto, dependerá da agilidade do Ministério da Saúde em conceder o registro dos profissionais. Até ontem, eles ainda estavam sem a documentação necessária para atuar no país.
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