A queda nos homicídios na capital pode ter relação com uma série de fatores, mas um fator novo dentro do contexto da segurança pública também pode ter contribuído. De acordo com o delegado-chefe da DHPP, Miguel Stadler, a unidade adotou uma estratégia diferente a partir de dezembro, quando assumiu a divisão, com base em duas frentes.
28,2%
foi quanto caiu a taxa de homicídios na capital paranaense nos últimos seis meses, em comparação com o mesmo período do ano passado
A primeira é a ostensividade. Os policiais civis da unidade não deixam mais a cargo apenas da Polícia Militar o trabalho de rodar nos locais com mais incidência, o uso do já propagado mapeamento do crime. “Tem causado um efeito psicológico importante”, diz o delegado. Ainda na primeira parte da estratégia, ele alega que nestas rondas os policiais apuram informações de “bastidores” dos locais.
Inteligência
A segunda frente de ação, e que ele considera a mais importante, é um investimento no setor de inteligência da unidade. Hoje, além de um grupo que trabalha a estatística, há outro formado por policiais analistas de informações, que fazem cruzamento de vários bancos de dados e monitoramento telefônico de suspeitos.
Esse trabalho específico foi usado, conforme conta o policial, na Vila Torres, durante as investigações e após as apurações sobre a chacina do Walmart, ocorrida no último dia do ano passado; no Cajuru, na semana passada; no Sítio Cercado e no Santa Cândida. “Por enquanto tem dado certo”, comenta.
Por se tratar de homicídio, o delegado não garante que as táticas continuem as mesmas, mas, por enquanto, deve estendê-las para a cidade inteira. “Se voltar a aumentar, vamos mudar a estratégia também.” Como esse trabalho foi realizado apenas em alguns bairros, o delegado acredita que outros fatores podem ter contribuído para a queda recente.
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Na avaliação dele, o trabalho de ronda da PM e de perícias nos locais de crime do Instituto de Criminalística e do Instituto de Identificação também podem estar fazendo a diferença no combate aos homicídios neste período. Stadler ressaltou ainda que o apoio do Ministério Público Estadual e da 2.ª Vara do Tribunal do Júri também colaboram para garantir o respaldo das investigações. (DR)
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