O processo de revalidação do diploma de Medicina pelo que passei há alguns anos foi o mais injusto e humilhante que alguém pode passar. Cada uma das universidades públicas tinha autonomia para decidir como era o processo de revalidação. Sou formado pela Universidad Mayor Real y Pontificia de San Francisco Xavier de Chuquisaca em Sucre, na Bolívia.
Estudei fora por inúmeros motivos, entre eles por problemas financeiros que impossibilitaram investir em cursinhos e em prestar vários vestibulares pelo país ou em faculdades particulares.
De volta ao Brasil, na época em que eu passei pela revalidação, existiam vários tipos de processos. A maioria pedia uma série de documentos autenticados, o que era caríssimo, e o pagamento de uma taxa absurda entre R$ 500 e R$ 5 mil. Depois, havia ainda uma prova feita para reprovar.Mas, às vezes, era dito que os documentos não eram compatíveis e nem o direito de fazer a prova era concedido.
Muitas das universidades, após receberem as inscrições, deixavam o candidato esperando meses e meses sem prestar nenhuma satisfação. Após dois anos fazendo provas absurdas que não levavam a lugar nenhum, fiz a prova da UFPR. Eu tive a maior nota e o direito de complementar os estudos, mas precisei estudar mais quatro anos em período integral.
O Revalida parece ser mais justo. É uma prova nacional, única para todos, com menos burocracia e com um processo mais barato.
*Marcelo (nome fictício) formou-se na Bolívia
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora