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O adolescente Juliano Teixeira Leite, de 16 anos, foi espancado ao sair do Colégio Estadual do Paraná (CEP), no Centro Cívico, por volta das 18h20 na sexta-feira (22). Ele estava com um amigo quando foi agredido por outros dois jovens que supostamente seriam estudantes do período da noite.

No momento da agressão, Leite foi pego de surpresa e não teve como se defender. O estudante teve o braço esquerdo fraturado, bateu a cabeça no chão e sofreu traumatismo craniano. Amigos tiveram que chamar a segurança do CEP para socorrê-lo. Os agressores fugiram e não foram reconhecidos, segundo informações de testemunhas.

De acordo com Júlio Leite, pai de Juliano, o filho passa bem agora, porém ficou oito horas com amnésia e ferimentos graves. "Entre sábado e domingo, meu filho ficou sem saber nome e idade", disse. O pai da vítima ainda afirma que uma amiga de Juliano pode reconhecer os alunos agressores. "Esta garota estava no momento da agressão e, junto com a diretora do CEP, vai tentar reconhecer os rapazes nesta semana".

O amigo de Juliano, que estava na hora da agressão, Wesley Dias, afirmou que logo após ambos saírem do colégio os agressores apareceram. "Como os alunos do período noturno não precisam usar uniforme, na hora não conseguimos reconhecer se eram estudantes ou não", conta. Dias ainda descreve que no momento da briga formou-se uma roda, mas ninguém tentou ajudar.

Para o pai, os jovens que atacaram Juliano agiram gratuitamente. A família ainda não registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.), pois não sabe a identidade dos agressores. "Caso sejam menores, vamos fazer a ocorrência na Delegacia do Menor e do Adolescente", afirmou o pai.

A diretora do CEP, Maria Madselva Ferreira Feiges, disse que existem poucos indícios que comprovem a hipótese de alunos serem os agressores. "Os alunos da noite não usam uniforme, então não tem como afirmar se eram nossos estudantes. Principalmente porque o menino não tem antecedentes de briga dentro da escola", comentou.

Violência

Este é mais um caso de violência envolvendo jovens na cidade de Curitiba. Um garoto de 16 anos também foi espancado no meio da rua no bairro Água Verde, em Curitiba, no dia 7 de junho. O adolescente, Giovanni Costa Gouveia, passou por uma cirurgia após ser agredido a pauladas por outros jovens. Na época, os agressores alegaram que teriam sido roubados pelo adolescente. A polícia averiguou essa possibilidade, que não se confirmou. Os três acusados não fizeram boletim de ocorrência do suposto roubo e estavam com todos os pertences. A vítima não portava armas e não tem antecedentes criminais.

Hoje, Giovanni passa por tratamentos psicológicos para superar o trauma da violência. Ele ficou em coma na UTI do Hospital Evangélico em Curitiba por 21 dias. Enquanto isso, os acusados de espancar o estudante ganharam um habeas-corpus da Justiça.

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