Um estudante de 22 anos da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) foi executado a tiros na quarta-feira (23) à noite, em um bar ao lado da faculdade, na Bela Vista, região central de São Paulo. Outro aluno, de 23 anos, também foi atingido e permanece internado em estado grave no Hospital das Clínicas.
Ambos estavam em uma mesa na calçada quando dois homens chegaram em uma moto, atiraram pelo menos quinze vezes na direção dos jovens e fugiram sem levar nada. Júlio César Grimm Bakri morreu antes de chegar ao hospital. Ele era de Porto União, interior de Santa Catarina, e não de Curitiba como foi divulgado anteriormente, e cursava o 4º ano do curso de Administração de Empresas. Seu colega Christopher Akiocha Tominaga, também do 4º ano de Administração, passou por cirurgia e seu estado é estável.
Segundo testemunhas, os criminosos chegaram em uma moto preta, desceram sem tirar o capacete e entraram no bar, na Avenida Nove de Julho. Instantes depois, saíram com as armas em punho e abriram fogo contra as vítimas - uma das armas era uma pistola ponto 45, de uso exclusivo do Exército. Três estudantes que também estavam na mesa se refugiaram no bar.
O delegado Ricardo Prezia, do 4º Distrito Policial, na Consolação, conversou com amigos das vítimas e o dono do estabelecimento - todos disseram que os estudantes não aparentavam ter inimigos. Na delegacia, o irmão de Tominaga contou que o rapaz se envolveu há cerca de um mês numa briga em um bar no Bexiga, também na região central, após desconhecidos provocarem sua namorada.
"Pelas características do crime, foi uma execução. Mas vamos apurar se o alvo eram eles mesmos, pode ter havido um erro", disse o delegado. Prezia requisitou as imagens de duas câmeras de segurança de um prédio ao lado do bar e também usará imagens de câmeras de trânsito da prefeitura instaladas na Avenida Nove de Julho. Até o momento, ninguém foi preso.
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