O estudante Wesley Rodrigues de Andrade, de 11 anos, morto com um tiro de fuzil dentro de sala de aula, foi enterrado no fim da manhã deste sábado (17) no Cemitério de Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro. Sobre o caixão, a família colocou a camiseta do São Paulo, time pelo qual o menino torcia.
Parentes, professores e colegas de escola de Wesley estavam muito emocionados durante o velório. O menino Douglas, de 10 anos, contou que estava na sala, com Wesley, quando houve os disparos. Ele contou que ficou embaixo da mesa da professora. "Não quero voltar para a escola. Não quero mais estudar lá", disse o garoto.
Wesley e outras 30 crianças assistiam à aula de matemática quando houve confronto entre policiais do 9.º Batalhão (Rocha Miranda) e traficantes do Morro da Pedreira, em Costa Barros. Um tiro de fuzil atingiu Wesley no peito. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no caminho para o hospital. "Queremos alguém que nos explique o que aconteceu. Precisamos de alguma resposta", desabafou, durante o enterro, o vigilante Luis Carlos Freire, tio do menino. O comandante do batalhão, coronel Fernando Príncipe foi exonerado.
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