Alunos da Universidade Federal Fluminense (UFF) que integram o Diretório Central dos Estudantes (DCE) reclamaram da paralisação do Restaurante Universitário (RU) e declararam apoio à greve dos servidores da instituição.
Os servidores reivindicam reajuste salarial, recomposição orçamentária e reestruturação do Plano de Carreira, todos negados, até o momento, pelo governo Lula.
Durante assembleia realizada nesta quinta-feira (21), a Associação dos Docentes da UFF / Seção Sindical dos Andes-SN (Aduff/SSind) aprovou indicativo de greve para o primeiro semestre de 2024, ainda sem data definida. Os servidores já estão parados desde o dia 11 de março.
Na assembleia, segundo comunicado da Aduff/SSind, os servidores destacaram a “intensificação da mobilização das e dos docentes, em conjunto com a comunidade acadêmica e com o conjunto dos servidores federais, no enfrentamento à desmobilização, ao esvaziamento e à precariedade de condições de trabalho e estudo na universidade e na luta por recomposição salarial e reestruturação da carreira”.
Ao fim da assembleia do sindicato, representantes do DCE reforçaram uma convocação para a assembleia dos estudantes para debater o tema, que deve ocorrer no dia 26 de março. Os estudantes também se queixam da paralisação dos serviços do Restaurante Universitário (RU).
“Estamos sofrendo com o descaso da reitoria. Nenhuma alternativa foi oferecida após os trabalhadores do bandejão decidirem paralisar. Sabemos o quanto o bandejão é essencial para nós estudantes e seguimos também nesse diálogo para que não fiquemos sem comer em Niterói e no interior”, informaram os estudantes em publicação nas redes sociais.
“A situação orçamentária da UFF é grave! O orçamento deste ano teve um corte de R$ 7 milhões e bloqueio de R$ 8 milhões da assistência estudantil. É urgente nos mobilizarmos para mudar essa realidade”, dizem os militantes do DCE em outra publicação.
Procurada pela Gazeta do Povo, a UFF informou que na reunião do dia 11 de março com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (Sintuff) e o Comando Local de Greve (CLG), a Reitoria destacou a “importância de assegurar serviços essenciais na área de assistência estudantil, atendimento à saúde, pagamento de auxílios em gestão de pessoas, atendimento a demandas judiciais, entre outros, descritos na Lei de Greve”.
Segundo a UFF, na segunda reunião, no dia 14 de março, “houve a pactuação sobre grande parte dos serviços essenciais”, incluindo os oferecidos pelo Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) e pelo Restaurante Universitário (RU).
“A administração da UFF reforça o seu entendimento acerca do caráter de essencialidade do fornecimento de alimentação pelo RU e houve concordância em retornar com nova proposta em Assembleia a fim de que o corpo técnico discuta a possibilidade de prestação do serviço em pelo menos um turno de aula”, disse a universidade sobre o andamento das negociações até o dia 14 de março.
No dia 19 de março, um dia depois do início das aulas na UFF, os militantes do DCE disseram que, apesar de a greve ter sido declarada desde o dia 11 de março, “a reitoria não garantiu nenhuma forma de alimentação para os estudantes”.
“A nossa universidade corre o risco de fechar e os mais afetados somos nós que estamos sem bolsa, sem passe livre, sem alimentação e sem direito de poder entrar e permanecer na Universidade”, disse uma representante do DCE ao destacar o bloqueio de verba e o corte milionário promovido pelo governo Lula no orçamento da UFF.
Outro lado
Um estudante da UFF, que não é ligado ao DCE e cuja identidade será mantida em sigilo, entrou em contado com a Gazeta do Povo para informar que "a maioria dos estudantes" está contra a greve e que o DCE "não tem representado de maneira efetiva a opinião dos estudantes da UFF".
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