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MOVIMENTO ESTUDANTIL

Estudantes de Direito contrários à invasão dizem desconhecer manifestantes

 | Henry Milleo/Gazeta do Povo
(Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)

O grupo que invadiu o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na noite desta quinta-feira (3) ainda não tem um corpo de formação definido.Sabe-se, segundo informações de professores que tiveram acesso à unidade, que o movimento é composto por cerca 70 alunos, a maioria da UFPR. Cinco destes integrantes seriam ainda estudantes secundaristas. Ocupa Paraná, que encabeça as ocupações nas escolas estaduais do estado, e os três principais grupos políticos dentro do curso dizem não ter relação com o protesto no campus que fica na praça Santos Andrade.

Representantes das três principais correntes políticas dentro do curso de Direito da UFPR, que fica no prédio histórico, emitiram notas nas redes sociais em que criticam o que eles chamam oficialmente de ocupação. Duas delas, o Partido Democrático Universitário e o Partido Acadêmico Renovador, publicaram suas notas logo após o início do protesto.

Já o Grupo “Alguém Te Perguntou” publicou uma nota em sua conta no Facebook no último 27 na qual dava indícios de que um protesto no prédio da Santos Andrade poderia ocorrer. No texto, o grupo diz ter percebido que “a grande maioria era contrária à ocupação, inclusive no debate interno do ATP”, e se posicionava contra “qualquer forma de barrar o acesso ao espaço interno da Faculdade em apoio dos discentes”

Sob condição de anonimato, um ex-secretário do Centro Acadêmico Hugo Simas (CAHS) acusou a ATP de ter sido conivente com a invasão do prédio porque já havia a informação de que uma maioria seria contra a ocupação na assembleia marcada para a próxima segunda. “Esse pessoal está contra a agenda do governo federal atual. Contamos ali, no máximo, dez estudantes de Direito”, argumentou. O CAHS promoveria nesta sexta-feira uma aula pública sobre a Proposta de Emenda Constitucional que visa estabelecer um teto de gastos para o setor público. A PEC vai limitar o reajuste no orçamento das áreas de acordo com a inflação do ano anterior.

O CAHS , no entanto, rechaçou essa teoria. “A gestão do CAHS recebeu de sobressalto a notícia de ocupação do Prédio Histórico. Estamos em contato com a Direção da faculdade, para tomar as medidas que cabem exclusivamente ao Centro Acadêmico. O grupo acrescentou também que repudia o uso da violência e qualquer autoritarismo, ressaltando que “nenhum membro do Conselho Administrativo do CAHS participou da ocupação”

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