Estudantes de medicina do Paraná e entidades representantes da classe médica no estado participam, no próximo sábado (25), de uma manifestação contra a vinda de médicos estrangeiros para atuar no Brasil. O protesto ocorre a partir das 9 horas, na Boca Maldita, no Centro de Curitiba, e está previsto para ocorrer simultaneamente em várias cidades do país.
O encontro terá dois protestos paralelos. Um deles o Revalida Sim diz respeito à proposta do governo federal que pretende contratar médicos estrangeiros para atuarem no país sem a realização do teste de conhecimento específico da área.
Segundo o médico e secretário geral da Associação Médica do Paraná (AMP), Nerlan de Carvalho, o Revalida Sim não é contrário à vinda de médicos estrangeiros para o país, mas o movimento exige que estes profissionais tenham seus conhecimentos médicos testados antes de exercerem a medicina no país.
"Não queremos que eles [médicos do exterior] não venham. Queremos que eles estejam qualificados para atender a população e que essa qualificação seja feita mediante os critérios do país", explica Carvalho.
Ao mesmo tempo, representantes do Diretório Acadêmico Nilo Cairo (Danc), do curso de medicina da UFPR, e do Centro Acadêmico de Medicina Daniel Egg, que representa os alunos do curso de medicina da Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar), levantam a bandeira contra a vinda dos profissionais do exterior sem que haja uma estrutura mínima nas cidades interioranas que permita a esses profissionais exercer a medicina plenamente
O representante do Danc, Rodrigo Mandryk, explica que a intenção destes dois grupos não é questionar o conhecimento dos médicos estrangeiros, mas tornar mais visível as carências existentes nas cidades do interior do país.
"A gente não coloca em questão a qualidade dos profissionais que estão vindo. A gente está questionando a efetividade de trazer um médico do exterior sem estrutura e um plano de carreira eficiente para os médicos nessas cidades", diz Mandryk.
Estudantes das cidades de Londrina, Maringá e Cascavel também programam protestos para o dia.
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