Ao perceber o aumento gradativo da violência nas relações humanas interpessoais e sociais nos últimos tempos, professores do Colégio Sesi de Umuarama resolveram agir para conscientizar os alunos e criar uma cultura de relações mais pacíficas. Surgiu assim a ideia de realizar uma oficina com os estudantes do 1.º e 2.º ano do Ensino Médio, intitulada “Violência Gratuita”.
A iniciativa realizada pelos professores Ângelo Tureta (História), Caio Cézar Scholz (Filosofia) e Shirley Cintra (Língua Portuguesa) integrou-se ao projeto Ler e Pensar ao utilizar o jornal Gazeta do Povo para ilustrar, por meio de notícias, as diversas formas de violência presente em nosso cotidiano.
De acordo com o professor Caio Cézar, a proposta foi chamar a atenção dos alunos para o cenário de violência excessiva que permeia nossa sociedade de todas as formas e segmentos. “Com isso, transformamos a violência em um objeto de estudo que orientasse nossa relação de ensino e aprendizagem”, explica.
Oficinas de conhecimento
A metodologia de aprendizagem por projetos dos colégios SESI permitiu o trabalho interdisciplinar e multiplataforma. De início, foi feito um apanhado histórico da violência no convívio social, desde as sociedades primitivas, passando pela Grécia Antiga, Grandes Guerras, até chegar aos dias atuais. Esta etapa, conduzida pelo professor Ângelo, contou ainda com um debate sobre a relação entre violência e contexto social a partir do filme Cidade de Deus, além de uma mesa redonda com a equipe da Delegacia da Mulher de Umuarama.
As turmas fizeram também um estudo dirigido do livro Comunicação Não Violenta, do psicólogo americano Marshall Rosenberg, entre outros textos de diversos teóricos da área. “Na disciplina de Filosofia, os alunos realizaram seminários acerca de uma forma de comunicação que evite comportamentos agressivos e incentive comportamentos pacíficos nas relações interpessoais”, contou o professor responsável pela matéria.
Para finalizar a oficina, a professora Shirley conduziu um concurso de redação, no qual os estudantes tiveram a liberdade de manipular todos os conhecimentos adquiridos e construídos ao longo do bimestre na produção de uma dissertação argumentativa, enquadrada nos critérios da prova do Enem. Como premiação do concurso, as alunas vencedoras pretendem publicar o texto em algum veículo de comunicação.
O projeto Ler e Pensar é desenvolvido nos colégios da rede Sesi desde 2013, por meio do patrocínio da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) que recentemente foi renovado por mais um ano, até 2017.
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