Cerca de 250 jovens que participavam de uma festa realizada na noite de sábado em uma república no Jardim Higienópolis, na região central de Londrina, entraram em confronto com policiais militares depois que a promotoria do Meio Ambiente determinou o encerramento da festa. Segundo moradores da região e pessoas que estavam na república, houve perseguição e agressão por parte dos policiais. A promotoria nega a acusação.
A festa acontecia na república Bicho de Sete Cabeças, localizada ao lado do Ginásio de Esportes Moringão. Depois de receber várias reclamações de vizinhos incomodados com o barulho, fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) foram até o local, juntamente com representantes de órgãos ambientais e da prefeitura, polícias civil e militar, Corpo de Bombeiros, Conselho Tutelar, Escritório Central de Arrecadação (Ecad) e promotoria do Meio Ambiente. Eles participavam da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu).
Ao chegar à república, no início da madrugada, a promotora do Meio Ambiente, Solange Vicentin, determinou o encerramento da festa. "Eles venderam convites sem ter licença da prefeitura para fazer a festa", afirmou a promotora. Além da falta de licença, a intensidade do som estava acima do permitido para o horário e os bombeiros constataram que o local não oferecia segurança contra incêndio. "Demos um prazo de 20 minutos para a festa acabar", disse Solange Vicentin.
Segundo ela, cerca de 50 minutos depois, a caravana da Aifu retornou à república. A festa havia sido encerrada, mas os jovens continuavam em frente ao local fazendo muito barulho.
Conforme a promotora, os jovens teriam jogado cerveja e insultado os policiais. Participantes da festa contaram que os policiais teriam sido vaiados. Solange Vicentin disse que os PMs saíram das viaturas para "dar uma acalmada" no pessoal e chegaram a atirar para o alto, mas que não houve contato físico entre a polícia e os jovens.
Participantes da festa e moradores da região que testemunharam o fato declararam ter visto confronto entre os jovens e a polícia, que teria chamado reforço do Pelotão de Choque. "Foi uma tragédia. Teve gente presa e um rapaz foi agredido. Várias pessoas apanharam de cassetete. Houve 15 registros de BOs (boletins de ocorrência)", contou uma estudante.
Procurados pela reportagem, policiais civis e militares de plantão disseram desconhecer o fato.
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