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Transporte Público

Estudantes organizam reunião para discutir possível aumento da tarifa de ônibus em Curitiba

 | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
(Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

Um grupo de estudantes se antecipou ao anúncio de aumento na tarifa do transporte público, em Curitiba, e lançou o movimento “3,80 Nem Tenta”. Pelo Facebook, jovens ligados à União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) convocam uma plenária para tentar barrar o possível aumento, que ainda não foi anunciado.

O nome do movimento faz referência ao novo valor da passagem que especialistas da prefeitura de Curitiba estudam implantar, segundo revelou o blog “Caixa Zero”, da Gazeta do Povo. A reunião está marcada para as 18 horas desta terça-feira (19), na sede da União Paranaense dos Estudantes (UPE).

O tema ganhou força depois que empresários solicitaram uma nova tarifa técnica a R$ 3,99. O valor foi revelado pelo presidente da Urbs, Roberto Gregório, em meio à primeira greve do transporte público municipal deste ano, entre os dias 12 e 14 de janeiro.

Pelo Facebook, os estudantes apontam que a desintegração das linhas municipal e metropolitanas - hoje sob os cuidados da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) - seria a principal causa da crise financeira do sistema. E pedem o fim das “rixas entre o governo municipal e estadual”.

O grupo ainda reivindica o parecer do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC), que sugere a retirada de alguns itens da planilha de custeio que compõe a tarifa técnica.

Entre os itens questionados estão as gratuidades “não constitucionais”, como as de trabalhadores dos Correios. O tribunal exige que a prefeitura aponte outras formas de custear essas viagens, que não pela tarifa. A medida não afetaria as gratuidades já concedidas a estudantes carentes, mas interferiria na implantação do passe livre para todos os estudantes, como reivindica a Upes.

Outros estados

Em São Paulo, um protesto do Movimento Passe Livre (MPL) terminou em confronto com a Polícia Militar, no último dia 8. O movimento é contra o reajuste de R$ 3,50 para os atuais R$ 3,80, em vigor desde o dia 9. A PM vai apurar se um policial à paisana agrediu um estudante já rendido. Desde então, o MPL passou a fazer “protestos-relâmpago”, para evitar a ação policial.

O valor de R$ 3,80 também passou a valor para os ônibus municipais do Rio de Janeiro. Antes a tarifa era de R$ 3,40. No último dia 8, cerca de 2 mil pessoas se reuniram na Cinelândia para pedir que o aumento fosse revogado. Houve enfrentamento com a PM no final do ato.

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