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Ensino Superior

Estudantes podem ficar sem bolsas

A vitória no torneio de xadrez dos Jogos da Juventude do Paraná do ano passado, em Toledo, pode sair caro para os estudantes de Curitiba Francisco Purcotes Júnior e Guilherme Nudelmann Gubert, ambos de 17 anos. É que o período dos jogos – 23 de setembro a 1.º de outubro – coincidiu com a data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no dia 25 de setembro, e o desempenho no exame é um dos critérios para as bolsas concedidas dentro do Programa Universidade para Todos (ProUni), do governo federal.

A participação nos jogos porém não deveria ter sido problema, já que, segundo Clotilde Santos, mãe de Francisco, ele e Guilherme foram orientados a fazer a prova em Toledo, assim como os mais de 600 estudantes curitibanos que participaram do evento. E assim foi: eles preencheram nova inscrição, entregaram o questionário socioeconômico e fizeram a prova. E foram aprovados: "A minha média foi 58, e a do Francisco se eu não me engano foi 57", contou Guilherme. A nota mínima para o ingresso no ProUni é 45 pontos.

Entretanto, por desencontros no encaminhamento dos dados dos rapazes no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação responsável pelo Enem, que gerou duplicidade de inscrições, a direção do ProUni acabou recebendo apenas o número da primeira inscrição, da prova em Curitiba, para a qual nenhum dos dois compareceu – porque fizeram o exame em Toledo. "Resultado: as inscrições terminaram e eles vão ficar este ano sem estudar, tudo porque não conseguimos fazer as inscrições devido a um erro de alguém ou do sistema", desabafa Clotilde.

Em nota técnica enviada à Gazeta do Povo, o Inep informa que fez as alterações no cadastro dos dois jovens na manhã do dia 13 de janeiro, em tempo hábil portanto para a inscrição no ProUni, que se encerrou no dia seguinte. Já Celso Ribeiro Carneiro, diretor do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior, setor do MEC responsável pelo ProUni, confirmou ter recebido apenas a primeira inscrição dos dois jovens: "Por alguma razão, o sistema de informações do Inep repassou o primeiro número".

Carneiro ficou de verificar o que aconteceu, mas adiantou que, se os dois estudantes comprovarem que receberam autorização para fazer a prova em outra cidade – apresentando o novo número de inscrição – e que tiraram nota suficiente para entrar no programa, "o MEC vai interceder para que eles não sejam prejudicados". "Basta que eles façam uma solicitação formal na Secretaria de Educação Superior", disse.

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