Estudantes ganharam as ruas da capital na tarde de ontem, em três manifestações diferentes, pedindo o passe livre nos ônibus, verbas para a reforma dos prédios das casas dos estudantes universitários e a redução das mensalidades na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná. Duas passeatas se encontraram na frente da Câmara de Vereadores. Enquanto os estudantes que pediam o passe livre entraram no prédio, os moradores das residências estudantis se dirigiram à reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
No pátio da reitoria, os cerca de 20 estudantes fizeram um panelaço antes de serem recebidos pelo pró-reitor de Administração, Hamilton Costa Junior.
Os estudantes entregaram a Costa Júnior um manifesto pedindo reformas nas cinco casas e a construção de dois novos prédios, aumento das bolsas-permanência de R$ 150 para R$ 300 e diminuição no preço das refeições dos restaurantes universitários para os moradores das casas. "Outras universidades federais têm casas, refeições e transporte gratuito e bolsas decentes", afirma Angélica Varejão, presidente da Casa da Estudante Universitária de Curitiba (Ceuc).
O pró-reitor garante que o conserto das esquadrias da Ceuc em estado precário será realizado no início de 2006, com verba de emendas parlamentares ou do próprio orçamento da UFPR. O sistema de combate a incêndio também será melhorado.
Costa Júnior também diz que a universidade está negociando financiamento com a Caixa Econômica Federal para a construção de outra residência estudantil no Centro Politécnico, no Jardim das Américas. Vale ressaltar que o espaço para o novo prédio está previsto no Plano Diretor do câmpus.
Porém, nas outras casas o problema prossegue. Segundo o pró-reitor, não é possível destinar verba para outras casas. "Não podemos colocar dinheiro para melhorar a infra-estrutura de imóveis que não são nossos, mas podemos dar apoio político para que essas casas também consigam verbas", argumenta.
Hoje, os estudantes voltam a se reunir e esperam obter uma série de compromissos assinados por Costa Júnior, pelo pró-reitor de Planejamento, Zaki Akel Sobrinho, e pela assessora de Assuntos Estudantis, Cristiane Ribeiro da Silva.
Enquanto isso, na Câmara, estudantes participavam da audiência pública da Comissão de Legislação e Justiça, convocada pela vereadora Professora Josete (PT) para discutir o passe livre. A passeata começou na Praça Santos Andrade. Os estudantes lotaram o auditório do Legislativo municipal muitos dos manifestantes eram do movimento punk.
A vereadora sugeriu a criação de um fundo para financiar o passe livre, com recursos da venda de publicidade nos ônibus, multas das empresas que operam o transporte coletivo e parte do Imposto Sobre Serviços (ISS) arrecadado no setor. Hoje, menos de 5% dos estudantes da capital têm direito a pagar metade da tarifa, segundo Josete. Em Florianópolis e Porto Alegre, o porcentual chega a quase 50%.
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