Atualizado às 20h17
Invasão de prédio, uma porta de vidro quebrada, uma delegada afastada e serviço de recarga de créditos dos cartões de transporte interrompido temporariamente. Esse foi o saldo da manifestação feita por 200 estudantes na manhã desta quarta-feira (26), na sede da Urbs, empresa que gerencia o transporte coletivo em Curitiba e região.
Os manifestantes pediam a redução das tarifas e que a prefeitura desse passe livre para os estudantes. Durante o protesto, o diretor de transporte da Urbs, José Antonio Andregueto, recebeu a carta de reivindicações dos estudantes. Por telefone, Andregueto afirmou que, em quase sua totalidade, os assuntos ali descritos já estão sendo estudados.
Sobre o pedido mais propagado pelos manifestantes, a liberação do pagamento da tarifa de ônibus, o diretor foi direto e respondeu que não pode ser dado passagem livre sem que a origem dos recursos para cobrir a isenção seja apontada. "Toda a isenção acarreta num valor maior de tarifa para os outros usuários. Se tiver isenção, haverá um numero menor de pagantes. E para isso temos que ter fonte de recursos alternativo", disse o diretor.
Na carta, os estudantes pedem que a prefeitura dê um resposta em até 30 dias. "Conforme eles estão pedindo, nós, democraticamente, iremos lhes dar retorno no prazo solicitado", conclui Andregueto.
Câmara dos VereadoresNo início da tarde, os estudantes deixaram a sede da Urbs e se deslocaram para a Câmara de Vereadores, onde acompanharam o trabalho da Comissão de Legislação e Justiça que analisou o projeto do vereador Valdenir Dias (PTB), que prevê a gratuidade de 40 vales-transporte por mês às lideranças comunitárias.
ViolênciaDurante o protesto, alguns estudantes acusaram a polícia de ter agido com força na tentativa de controlar o protesto. O vereador André Passos, que foi até o local para resolver assuntos pessoais, chegou a afirmar que viu um dos estudantes ser abordado com violência por um policial.
Delegada afastadaA Secretaria de Segurança do Paraná (Sesp) afastou a delegada Selma Regina Lorega Braga de Moraes, que teria tomado atitudes agressivas contra estudantes que participaram da manifestação.
A delegada responsável pela detenção dos estudantes vai responder a um processo disciplinar. Durante o protesto Selma alegou que pediu para os policiais identificarem um dos estudantes pois o mesmo teria interrompido uma entrevista sua a uma emissora de televisão.
Em nota oficial, a Secretaria de Segurança condenou a conduta da delegada e informou que a manifestação estava já estava sendo controlada pela Polícia Militar.
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