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O "programa de governo" para a presidência da Câmara que Arlindo Chinaglia (SP) divulga hoje ignora os recentes escândalos envolvendo deputados e foca uma "agenda positiva" a fim de cabalar votos entre novos deputados e no chamado baixo clero.

Ele defende a mudança no rito das medidas provisórias e promete que projetos de parlamentares terão precedência sobre matérias iguais do Executivo.

Fala em abrir o sinal da TV Câmara, colocar a tramitação do Orçamento na internet e formar uma comissão para discutir mudanças na Previdência.

No polêmico capítulo dos salários dos parlamentares, o petista desiste de vez de dobrar os vencimentos e oficializa a proposta de correção pela inflação do período.

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Abrangente – Além das propostas de caráter geral, a plataforma de campanha de Chinaglia defende que as posses do Executivo e do Legislativo passem a coincidir, mas não estabelece a data. Divã 1 – Na reunião da bancada do PT após o debate de ontem, Chinaglia foi cobrado pelo "estilo ácido". Vários deputados o alertaram de que vai precisar de apoio do candidato derrotado num eventual segundo turno. Divã 2 – O petista disse que apenas respondeu a Aldo Rebelo (PC do B-SP), a quem acusou de "fazer o jogo da direita e da mídia". Mantra – Frase do líder do PT, Henrique Fontana (RS), na reunião: "O candidato a quem a imprensa gostaria de derrotar é o nosso". Gratidão – Não foi gratuito o elogio de Aldo ao programa de reforma agrária de FH. O comunista se sente em dívida com o ex-presidente, que condenou a decisão do PSDB de apoiar Chinaglia. Os dois se falaram no fim de semana. Uma nota só – No intervalo, logo depois do bate-boca com Gustavo Fruet (PSDB-PR), Chinaglia reclamou da menção do tucano ao projeto de anistia de José Dirceu: "É toda vez essa história!". Ibope – Satisfeita com o debate, a TV Câmara planeja realizar entrevistas coletivas de uma hora com os três candidatos, amanhã de manhã.

Cutucões – A introdução do texto com pleitos dos governadores a Lula, escrita por José Roberto Arruda (PFL-DF) e Aécio Neves (PSDB-MG), diz que o PAC, mesmo sendo da União, tem de ter "visão federativa" e "partilhar responsabilidades". Ensaio geral – Apesar de a entrega oficial do texto estar prevista para 6 de março, seu conteúdo será discutido previamente com o governo federal. "Faremos como o antigo PSB mineiro, que só se reunia depois de tudo combinado", diz um governador. Passe livre – O ministro Orlando Silva Jr. (Esporte) garantiu em conversas recentes que deve permanecer no cargo na reforma ministerial. Segundo ele, Lula o incumbiu de fazer dos Jogos Pan-Americanos do Rio uma vitrine internacional para o país. Porta-retrato – A foto de Geraldo Alckmin ainda decora boa parte dos gabinetes dos secretários de José Serra. Alguns auxiliares se dizem constrangidos em retirar a imagem do ex-governador, já que o atual ainda não enviou a sua. Boquinha – Seis deputados estaduais de São Paulo tomarão posse em Brasília no dia 1.º de fevereiro, abrindo espaço para suplentes, que exercerão um mandato de um mês e meio. A troca de legislatura na Assembléia do estado só ocorre em 15 de março. Consultoria – O senador Aloízio Mercadante sugeriu à bancada do PT na Assembléia que entre com ação no STF pedindo a abertura da CPI do Metrô na nova legislatura. Em 2006, só foram instaladas comissões depois que a oposição recorreu ao tribunal.

TIROTEIO

* Do deputado federal eleito Carlos Zarattini (PT-SP), comparando o desempenho do colega comunista no debate entre os candidatos à presidência da Câmara, ontem, à participação da atriz global na campanha presidencial de José Serra (PSDB), em 2002, quando ela disse ter medo da vitória de Lula e dos petistas.

– O Aldo Rebelo ficou a cara da Regina Duarte ao dizer que tem medo do poder do PT.

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