O mais novo instrumento de vigilância da Tríplice Fronteira, o Centro Regional de Inteligência (CRI), deve ser apresentado hoje pelo Brasil aos Estados Unidos como demonstração do combate à ilegalidade na região. A apresentação será um dos assuntos da reunião do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, com o ministro da Justiça americano, Alberto Gonzáles.

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No encontro em Brasília, brasileiros e norte-americanos vão debater temas como lavagem de dinheiro, crimes cibernéticos, tráfico de entorpecentes, trabalho escravo e extradição. O diretor do Departamento de Polícia Federal, Paulo Lacerda, também vai participar do debate. Bastos deve reforçar aos americanos a posição do Itamaraty a respeito das acusações de que a fronteira abriga árabes financiadores do terrorismo e até mesmo integrantes de células do terror. Em 7 dezembro, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota negando essas acusações.

O comunicado foi elaborado no Encontro do Grupo 3+1 (Brasil, Argentina, Paraguai e EUA), nos dias 4 e 5 dezembro, em Buenos Aires. O evento respondeu à acusação feita, poucos dias antes, pelo Departamento do Tesouro americano, que apresentou o nome de nove pessoas e de duas empresas que estariam envolvidas em atividades supostamente ligadas ao financiamento do terrorismo.

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Lacerda esteve segunda-feira passada em Foz para acompanhar a instalação do Centro Regional de Inteligência. A unidade funcionará na sede da Polícia Federal e servirá de base para troca de informações das polícias do Brasil, Paraguai e Argentina. Apesar das instalações estarem prontas, não há data para o começo do trabalho conjunto.