Eucalipto cai sozinho, atinge carro e fere motorista no Campo Comprido

Parece que as árvores resolveram mesmo se rebelar e adotar a posição horizontal em Curitiba. Depois do temporal do último dia 19, quando cerca de 60 árvores caíram na capital (matando uma pessoa), dessa vez foi um eucalipto de quase 20 metros de altura que atingiu um carro que passava pela Rua Eduardo Sprada, no Campo Comprido. O acidente ocorreu por volta das 8 horas de ontem. A árvore quebrou o pára-brisa e provocou um corte na testa do motorista, que foi levado ao hospital mas passa bem.

O eucalipto despencou no terreno da Sociedade Esportiva Barigüi Seminário. "Ouvi o estrondo e quando olhei na janela a árvore estava no chão", contou o caseiro José Alves, 41 anos, que toma conta da área. Segundo testemunhas, foi a segunda árvore a cair no mesmo lugar em menos de uma semana – o primeiro eucalipto não resistiu à tempestade de domingo e desabou no mesmo dia, mas não houve maiores estragos e ninguém ficou ferido. Pelo menos outras quatro árvores localizadas na parte da frente do terreno apresentam risco iminente de queda.

Um caminhão do Corpo de Bombeiros chegou por volta das 8h30 e iniciou a retirada de parte da copa que obstruía a pista. No meio da tarde de ontem a rua já estava completamente livre e os pedaços maiores do eucalipto haviam sido cortados, mas o que restou da árvore continuava tombado no terreno.

Segundo o sargento Ubiratan Chonvinski, 45 anos, dos bombeiros, a árvore já estaria instável pela ventania do fim de semana e acabou não suportando o próprio peso. "O eucalipto não tem uma raiz forte. Como eles ficam num barranco delimitado por uma mureta, a chuva do fim de semana deve ter infiltrado água na parte dianteira e ele veio abaixo", arriscou.

Os eucaliptos remanescentes devem ser cortados na semana que vem, assim que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente conceder uma licença.

Se tivesse ocorrido amanhã, a queda do eucalipto poderia ter provocado uma tragédia: "Se essa árvore caísse no sábado ou no domingo seria terrível, porque todo mundo que vem jogar bola estaciona o carro ali embaixo", revelou um dos diretores do clube, Gerson Cirino dos Santos, 60 anos.