Um acordo fechado entre a Secretaria de Saúde de Curitiba e a direção do Hospital Evangélico determina que o setor de urgência e emergência do hospital, paralisado desde a última quinta-feira, volte a funcionar. Isso deveria ocorrer ainda na noite de ontem. Os servidores da seção serão supervisionados e fiscalizados por uma equipe da secretaria.
Segundo o secretário de Saúde, Adriano Massuda, o objetivo é garantir que os serviços contratados estão sendo prestados pelo hospital. "Não é uma intervenção. É um acompanhamento, para avaliar se os contratos estão sendo cumpridos", ressaltou.
A expectativa era de que os serviços no setor de urgência e emergência do hospital e nos Centros Comunitário e de Especialidades do Bairro Novo ambos ligados ao Evangélico fossem retomados após as 18 horas.
Segundo Massuda, a Secretária de Saúde herdou uma dívida com o Hospital Evangélico de R$ 3,2 milhões, deixada pela gestão anterior da pasta. Para chegar a um acordo, a secretaria antecipou R$ 4,2 milhões em repasses referentes a serviços de média complexidade realizados em janeiro.
"É uma situação que vinha se arrastando há anos. A antecipação de recursos foi a alternativa que encontramos para que cessassem os problemas na prestação dos serviços contratados", explicou o secretário.
Outras unidades
A paralisação do setor de urgência e emergência do Evangélico e dos centros Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo causaram reflexos no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, ontem. Em 24 horas, o movimento na unidade metropolitana teve aumento de 30%.
Ortopedistas serão deslocados para centros de urgência médica
Para desafogar os três hospitais que compõem o sistema de urgência e emergência de Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou ontem que vai deslocar ortopedistas para os oito Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUMs). Eles vão atender vítimas de traumas que, normalmente, seriam levados a hospitais
"Começaria com os CMUMs de maior demanda, mas a ideia é estender este atendimento para todos", disse o Secretário da Saúde Adriano Massuda.
Baixo custo
Os centros municipais já são equipados com salas de gesso, infraestrutura básica que permitiria o atendimento de pacientes vítimas de traumas. O projeto prevê que os ortopedistas sejam cedidos por hospitais, por meio de contratos firmados com a prefeitura. Massuda avalia que a medida não trará grandes impactos aos cofres da Secretaria. "É uma medida para curto prazo e que vai aliviar as portas dos hospitais", aponta.