57 anos
era a idade da mulher que morreu na noite de segunda-feira enquanto aguardava uma vaga em um hospital de Curitiba. A paciente deu entrada no Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) do bairro Sítio Cercado, com complicações decorrentes de um câncer no intestino, mas precisava ser transferida para um hospital onde pudesse receber tratamento especializado. Ela não resistiu e faleceu depois de esperar mais de 14 horas pelo leito.
Um acordo fechado entre a Secretaria de Saúde de Curitiba e a direção do Hospital Evangélico determina que o setor de urgência e emergência do hospital, paralisado desde a última quinta-feira, volte a funcionar. Isso deveria ocorrer ainda na noite de ontem. Os servidores da seção serão supervisionados e fiscalizados por uma equipe da secretaria.
Segundo o secretário de Saúde, Adriano Massuda, o objetivo é garantir que os serviços contratados estão sendo prestados pelo hospital. "Não é uma intervenção. É um acompanhamento, para avaliar se os contratos estão sendo cumpridos", ressaltou.
A expectativa era de que os serviços no setor de urgência e emergência do hospital e nos Centros Comunitário e de Especialidades do Bairro Novo ambos ligados ao Evangélico fossem retomados após as 18 horas.
Segundo Massuda, a Secretária de Saúde herdou uma dívida com o Hospital Evangélico de R$ 3,2 milhões, deixada pela gestão anterior da pasta. Para chegar a um acordo, a secretaria antecipou R$ 4,2 milhões em repasses referentes a serviços de média complexidade realizados em janeiro.
"É uma situação que vinha se arrastando há anos. A antecipação de recursos foi a alternativa que encontramos para que cessassem os problemas na prestação dos serviços contratados", explicou o secretário.
Outras unidades
A paralisação do setor de urgência e emergência do Evangélico e dos centros Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo causaram reflexos no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, ontem. Em 24 horas, o movimento na unidade metropolitana teve aumento de 30%.
Ortopedistas serão deslocados para centros de urgência médica
Para desafogar os três hospitais que compõem o sistema de urgência e emergência de Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou ontem que vai deslocar ortopedistas para os oito Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUMs). Eles vão atender vítimas de traumas que, normalmente, seriam levados a hospitais
"Começaria com os CMUMs de maior demanda, mas a ideia é estender este atendimento para todos", disse o Secretário da Saúde Adriano Massuda.
Baixo custo
Os centros municipais já são equipados com salas de gesso, infraestrutura básica que permitiria o atendimento de pacientes vítimas de traumas. O projeto prevê que os ortopedistas sejam cedidos por hospitais, por meio de contratos firmados com a prefeitura. Massuda avalia que a medida não trará grandes impactos aos cofres da Secretaria. "É uma medida para curto prazo e que vai aliviar as portas dos hospitais", aponta.
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