Atualmente, cerca de 800 pacientes aguardam um doador compatível para transplante de medula em todo o país. Apesar da grande quantidade de doadores cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), ainda é necessário aumentar esse número devido à dificuldade de compatibilidade genética entre voluntários e pacientes. Para incentivar a doação de medula óssea, o Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade (LIGH) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) promove uma série de atividades de conscientização hoje e amanhã, no Setor de Ciências Biológicas da instituição, no Centro Politécnico.
A chefe do laboratório, Maria da Graça Bicalho, explica que, apesar da grande representação do Paraná no banco de dados nacional o estado representa cerca de um terço dos 488 mil cadastrados , a inclusão de novos doadores no Redome é importante por atingir todos os pacientes do país. "A primeira busca é feita entre a família do paciente, onde a probabilidade de encontrar um doador compatível é de 25%. Quando a busca passa para o banco de dados de doadores, essa probabilidade passa a ser de apenas uma em cem mil."
Há dez anos, o laboratório é uma das unidades de tipagem genética de doadores vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná.
Para ser doador, basta que o interessado tenha entre 18 e 55 anos e doe cerca de 10 mililitros de sangue para a tipagem genética. Os responsáveis pelo recolhimento do material são os bancos de sangue. Durante o evento, funcionários do Hemepar estarão presentes na universidade das 9 às 18 horas para recolher o sangue de possíveis doadores.
"Ainda falta consciência da população e esses eventos são importantes por causa disso. A qualquer momento, qualquer um de nós pode acabar sendo um receptor", argumenta o diretor do Hemepar, José Lúcio dos Santos.