Uma funcionária da rede de lojas Havan foi agredida por uma filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), que foi candidata a vereadora nas eleições de 2020. O caso ocorreu na Sexta-Feira Santa (15) dentro de um ônibus na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo (veja vídeo). Um boletim de ocorrência sobre o caso foi registrado na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil de São Paulo. No documento, a vítima relatou que os insultos começaram pelo fato de ela estar vestida com o uniforme da Havan.
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O empresário Luciano Hang, dono da Havan, divulgou um vídeo com imagens do caso e nelas é possível observar que a petista xingou a vendedora de “burra”, “mentalidade tapada” e “lixo da sociedade”. Durante a série de insultos, a agressora também fez críticas a Hang e ao presidente Jair Bolsonaro (PL). "[...] É por causa de você, burra, que tem o Bolsonaro dominando. É por causa você, burra, é que as coisas está [sic] esse valor que está [sic]", disse a militante do PT.
Além das agressões verbais, houve também uma física. A petista deu um tapa na funcionária da Havan. Nas imagens, porém, não é possível observar com clareza se a bofetada atingiu o rosto ou se o alvo do tapa era o celular da vítima.
No boletim de ocorrência, a vendedora da Havan afirmou que já havia sido insultada pela petista em outra oportunidade, em 23 de março. Por causa disso, a jovem também fez o pedido de uma medida protetiva contra a ex-candidata no mesmo documento eletrônico. O crime citado no boletim de ocorrência é o de injúria (artigo 140 do Código Penal).
Por meio de nota, Hang afirmou que a Havan que “está prestando todo apoio para a colaboradora e ressalta que entrará com todas as medidas judiciais cabíveis para que o ato de intolerância e desrespeito não passe impunemente [...] Condenamos todo tipo de crime e não vamos tolerar agressões desta natureza, que configuram atos de intolerância política, o que é muito grave”, disse o dono da Havan.
O Partido dos Trabalhadores de Jundiaí também divulgou nota oficial sobre o caso. A legenda afirmou que não compactua com a violência e que a agressora está afastada das atividades partidárias desde as últimas eleições.
“O PT de Jundiaí informa que não compactua com nenhuma forma de agressão. Mesmo em tempos tenebrosos onde, em Jundiaí, enforcaram os bonecos de Lula e Dilma e colocaram fogo em nossa sede, nunca estimulamos qualquer forma de revide ou agressão. No que se refere ao caso exposto na mídia, recentemente, reiteramos que é um caso isolado de uma filiada que, desde as últimas eleições está afastada das atividades partidárias. Comissão Executiva Municipal está acompanhando os fatos e, em tempo propício, fará um novo pronunciamento”, informou o Partido dos Trabalhadores.
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