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Richa: "Não tinha como controlar"

O prefeito Beto Richa (PSDB) comentou, pela primeira vez, para a Gazeta do Povo, o resultado da sindicância realizada pela Assembléia Legislativa sobre o caso da "sogra fantasma", Verônica Durau. Segundo o prefeito, não havia como ele fiscalizar a presença de todos os funcionários do próprio gabinete entre 1996 e 2000, quando ele foi deputado estadual e Verônica era funcionária sua.

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O ex-chefe do gabinete do prefeito Beto Richa, Ezequias Moreira Rodrigues, voltou nesta segunda-feira (17) a trabalhar na prefeitura de Curitiba. Ele foi exonerado do cargo de chefe de gabinete, porém, de acordo com a prefeitura, vai continuar prestando serviços ao município. Rodrigues vai trabalhar no Instituto Municipal de Turismo.

Ele, que é funcionários da Sanepar, cedido à prefeitura até 31 de dezembro, pediu licença das funções no município entre 17 de agosto até 14 de setembro, conforme documento enviado para a Gazeta do Povo na quinta-feira. No dia da exoneração, a prefeitura não anunciou que Ezequias Rodrigues continuaria na administração municipal.

A licença foi pedida por motivos particulares, uma semana após a divulgação de denúncias de que a sogra dele, Verônica Durau, era funcionária fantasma da Assembléia Legislativa, por onze anos. Verônica afirmou para a Gazeta do Povo que nunca trabalhou no Legislativo. De acordo com a denúncia, entregue ao Ministério Público, ao menos em 2002 e 2003 o salário da suposta funcionária era depositado na conta do sogro.

Em carta enviada à comissão de sindicância aberta na Assembléia para estudar o caso, Ezequias assumiu que sabia da contratação da sogra. Ele, Verônica e um diretor da Assembléia, Luiz Molinari, falecido em 2005, serão denunciados pela Assembléia em ação que pedirá ressarcimento do prejuízo.

Como chefe de gabinete, Rodrigues tinha um salário equivalente ao de secretário do município, ou R$ 8,4 mil. Pelo acordo entre a companhia de saneamento e a prefeitura, a Sanepar paga normalmente o salário do funcionário e a prefeitura devolve o valor, todo dia 15 do mês, para a empresa. Para Rodrigues o município completava o valor do cargo comissionado. Sem o cargo, ele deve receber somente o salário da Sanepar.

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