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Quatro ex-diretores do Banestado e ex-funcionários de outras duas empresas que mantinham negócios com o banco foram condenados nesta segunda-feira (17) pela 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba pela prática de crimes financeiros envolvendo a negociação de títulos públicos vinculados a precatórios dos estados de Santa Catarina e Alagoas.
O que levou à ação, proposta pelo Ministério Público Federal, foram as investigações realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Títulos Podres e os processos administrativos existentes no Banco Central (BC). Durantes as apurações, ficou provado que a Banestado Corretora, a Divalpar e a Essex realizavam transações com os títulos nos anos de 1997 e 1998, mesmo com a CPI revelando vícios e fraudes no processo, o que levou à perda de credibilidade e liquidez de mercado dos títulos.
A Banestado Corretora financiou à Divalpar e à Essex, tendo como garantia os títulos públicos. As operações foram consideradas como temerárias e, ao final, os prejuízos decorrentes, de cerca de R$ 64,5 milhões, ficaram com a Banestado Corretora.
Foram condenados Carlos Antônio Valente de Castro, Paulo Roberto Gonçalves da Silva, Rodrigo Pereira Gomes Júnior e Raul Felix, todos ex-dirigentes da Banestado Corretora; A.W.D. e João Geraldo Budziak, ex-funcionários da Essex; e Ademir Guimarães Adur e Ricardo da Costa Moraes, que atuavam na Divalpar. Todos poderão entrar com recurso.
A.W.D foi absolvido em 20/11/2012, por decisão do Tribunal Regional Federal - 4ª Região, que entendeu que os fatos a ele imputados não implicavam em infração penal.
Atualizado em 07/11/2022 às 15:38