Foragido da Justiça brasileira desde 2011, o ex-médico Roger Abdelmassih, 70 anos, condenado a 278 anos de prisão por 52 estupros e atentado violento ao pudor, foi preso por volta das 14h30 (horário brasileiro) desta terça-feira (19) em uma rua do bairro Villa Morra, em Assunção, capital do Paraguai. Agentes da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), em ação conjunta com a Polícia Federal brasileira, interceptaram Abdelmassih com a mulher e dois filhos quando eles deixavam um estabelecimento comercial. O ex-médico foi levado para Foz do Iguaçu no final da tarde e nesta quarta (20), por volta das 11h, será transferido para São Paulo.
Abdelmassih não mostrou resistência no ato da prisão e mostrou-se assustado. Apenas chorou e pediu distância da imprensa, segundo o chefe de Comunicação da Senad, Francisco Ayala. Logo após ser detido, ele foi expulso do país por não portar documentos e estar infringindo a Lei de Migração do Paraguai.
O delegado da PF, Marcos Paulo Pimentel, disse que a procura por Abdelmassih teve início semana passada a partir de informações de diversas fontes. "Tivemos cooperação interna e internacional", diz. Um mandado de busca, cumprido pelo Gaeco de Bauru (SP), em uma propriedade rural do município de Avaré, no interior do estado, também contribuiu para a elucidação do caso. Lá foram encontrados fotos, bilhetes, roupas e telefones.
Expulsão
O ex-médico foi levado para Ciudad del Este, fronteira com Foz do Iguaçu, em um avião da Força Aérea do Paraguai. A aeronave pousou no aeroporto de Hernandárias, da Itaipu Binacional. Ele chegou à delegacia da PF de Foz do Iguaçu por volta das 18h30, após fazer um procedimento migratório na aduana de Ciudad del Este.
Abdelmassih foi preso após um trabalho de inteligência feito entre a polícia paraguaia e a Polícia Federal brasileira.
Ele vivia no Paraguai há cerca de três anos, segundo a polícia, em uma luxuosa residência situada no bairro San Cristóbal. Morava com a mulher, uma brasileira de 36 anos, e dois filhos pequenos. Tinha motorista, babá, empregadas e aparentemente não exercia a medicina.
Segundo o delegado Pimentel, o ex-médico entrou no Paraguai, por via terrestre, e antes de ir morar em Assunção, vivia em um pequeno município do país.
Abdelmassih liderava a lista de procurados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Ele foi preso pela primeira vez no dia 17 de agosto de 2009, após ser denunciado, em 2008, por uma ex-funcionária. Diversas pacientes, na faixa etária de 30 a 45 anos, relataram terem sido molestadas pelo então médico.
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