Brasília Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, os ex-ministros da Saúde Humberto Costa e Saraiva Felipe negaram envolvimento com a máfia das ambulâncias. Costa confirmou que discutiu a liberação de recursos para compra de ambulâncias com o empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam. Ele defendeu o pagamento de cerca de R$ 8 milhões à empresa pelo fornecimento de cem ambulâncias, dizendo que a empresa se enquadrava nas normas estabelecidas pelo governo.
Foi o principal argumento usado pelo ex-ministro para repudiar envolvimento com propinas pagas pela Planam.
O depoimento, "a convite", foi tão suave que Costa se sentiu à vontade para dar conselhos de como evitar que novos casos surjam. Ficou nítida a perda de interesse no caso, passada a eleição. A oposição, que tenta evitar a associação de ex-ministros tucanos com o escândalo, jogou água fria. Nenhum deputado foi duro nas perguntas.
Saraiva Felipe deu um curto depoimento para um plenário vazio. Ele negou ter participação na máfia das ambulâncias enquanto esteve à frente do ministério. Apenas 5 dos 38 integrantes da comissão acompanharam o depoimento, que durou pouco mais de uma hora.
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