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Desempenho

Ex-ministros “patinam” em campanha nos estados

Brasília – Ter na biografia o título de ex-ministro do governo Lula em nada tem ajudado o desempenho eleitoral de 11 ex-integrantes do primeiro escalão, que se candidataram a cargos majoritários nesta eleição. As dificuldades não atingem só petistas, mas também integrantes do PSB, do PMDB e do PC do B que passaram pela Esplanada dos Ministérios.

Apresentam desempenho eleitoral ruim os ex-ministros do PT Jaques Wagner (Relações Institucionais), que tenta o governo da Bahia; José Fritsch (Pesca), que disputa o governo de Santa Catarina; Nilmário Miranda (Direitos Humanos), que concorre ao governo de Minas Gerais; e Humberto Costa (Saúde), candidato a governador de Pernambuco. Outro petista, Olívio Dutra (Cidades), candidato ao governo do Rio Grande do Sul, aparece na última pesquisa do Ibope, no dia 28 de junho, empatado com Germano Rigotto (PMDB).

Entre os ex-ministros de outros partidos aparecem com desempenho ruim os peemedebistas Amir Lando e Romero Jucá, ambos ex-ministros da Previdência que, respectivamente, lutam pelos governos de Rondônia e Roraima; e Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), que também é candidato ao governo de Pernambuco.

A falta de votos dos ex-ministros de Lula atingiu até o agora adversário Cristovam Buarque, ministro da Educação, que disputa a Presidência da República pelo PDT. Apesar de ter o dobro do tempo da senadora Heloísa Helena (PSol) na televisão e no rádio, Cristovam continua com 1% da preferência dos eleitores enquanto a candidata alagoana tem perto de 12%.

Dois ex-ministros de Lula disputam o Senado. Agnelo Queiroz (Esportes), do PC do B, no Distrito Federal; Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), do PT, no Rio Grande do Sul. Nem um nem outro têm hoje chances de vitória. Hoje, perderiam a eleição por uma grande diferença para Joaquim Roriz (PMDB) e Pedro Simon (PMDB).

Em São Paulo, Aloízio Mercadante (PT), ex-líder do governo no Senado, parece ter herdado a maldição dos ex-ministros. De senador mais votado do país em 2002, seria derrotado no primeiro turno, de acordo com as últimas pesquisas.

Os ministros têm mau desempenho, apesar do favoritismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pela reeleição. Aparentemente Lula escapou ao bombardeio de denúncias que marcou a segunda metade de seu governo, mas o PT e alguns de seus aliados não.

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