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O ex-cabo da Polícia Militar William de Paula foi condenado no final da noite desta terça-feira (9), no Rio de Janeiro, a 18 anos de prisão pela morte do menino João Roberto Amorim Soares, de acordo com a rádio CBN. Ele saiu preso do tribunal.

Ainda de acordo com a rádio, no pronunciamento, o juiz Jorge Luiz Le Cocq D’Oliveira disse que o réu tem perfil desajustado, má conduta social e é suspeito de envolvimento com milicianos,

O garoto de três anos foi morto a tiros quando o carro de sua mãe, a advogada Alessandra Amorim Soares, foi confundido com o de criminosos, em julho de 2008. Alessandra voltava para casa com João Roberto e o filho mais novo, Vinícius, então com 9 meses de idade, quando policiais fizeram 17 disparos contra o veículo.

No primeiro julgamento, o PM foi condenado apenas pela lesão corporal contra a mãe e o irmão de João Roberto a uma pena de sete meses em regime aberto, sendo que ela foi convertida para prestação de serviços comunitários por um ano. Ele, porém, foi absolvido, por quatro votos a três, da acusação de homicídio doloso contra o menino.

O Ministério Público recorreu alegando que a decisão dos jurados contrariou a prova pericial, que apontou o erro dos policiais ao confundirem os veículos. Os desembargadores da 7ª Câmara Criminal consideraram procedente a alegação da Promotoria e anularam a sentença.

O policial estava com o ex-soldado da PM Elias Gonçalves da Costa em uma perseguição a bandidos quando confundiu os carros. Elias também foi absolvido pelo Tribunal do Júri, após ter declarado que só deu um tiro para o alto e que o colega é quem teria atirado no carro. Após o crime, os dois foram expulsos da Polícia Militar.

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