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CASO MÉRCIA

Ex-policial é condenado a 20 anos de prisão

Mizael, que já estava preso, permanecerá em regime fechado | Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress
Mizael, que já estava preso, permanecerá em regime fechado (Foto: Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress)

O ex-policial e advogado Mizael Bispo de Souza foi condenado ontem a 20 anos de prisão pela morte de sua ex-namorada Mércia Nakashima. O crime ocorreu em maio de 2010, em Nazaré Paulista, a 64 km de São Paulo. O corpo de Mércia foi encontrado em uma represa. Um laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML) indicou que a advogada morreu afogada após ter sido baleada e desmaiado.

O julgamento durou quatro dias no Fórum de Gua­­rulhos, na Grande São Paulo. Ao todo, nove pessoas foram ouvidas, sendo cinco de acusação, três de defesa e um perito arrolado pelo juiz Leandro Bittencourt Cano.

O réu foi ouvido ontem e voltou a negar participação no crime. Na sentença, o juiz disse que Mércia foi "atraída ardilosamente a uma cilada" e que o crime causou "danos psicológicos e incomensurável aos familiares da jovem".

O vigia Evandro Bezerra Silva também é acusado de participação no crime. Inicialmente, ele iria a julgamento com Mizael, mas o júri foi desmembrado e o julgamento do vigia adiado para 29 de julho. A decisão aconteceu à pedido da defesa de Bezerra, que alegava tese conflitante entre os dois acusados.

O advogado Samir Haddad Jr. afirmou na noite de ontem que vai recorrer da sentença que condenou o ex-policial. O defensor voltou a afirmar após a sentença que, apesar de condenado, seu cliente é inocente. Durante o recurso, no entanto, Mizael, que já estava preso, permanecerá em regime fechado.

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