Almir Soares, em imagem de arquivo, foi condenado pela morte de um vendedor e de duas crianças em Marechal Cândido Rondon| Foto: Reprodução / RPC TV

O ex-policial militar Almir Soares foi condenado a 65 anos de prisão e três meses de reclusão, além de 120 dias de multa, em julgamento que durou mais de 19 horas. O júri teve início da manhã de sexta-feira (24) e terminou por volta das 4h30 deste sábado (25) com a leitura da sentença pelo juiz Claírton Mário Spinassi. Com a decisão judicial, o réu deverá cumprir a pena em regime fechado e não poderá apelar da sentença em liberdade.

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Soares é acusado de matar um vendedor Euclides Henrique Ernzen e duas crianças em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná. Os homicídios foram motivados pelo não pagamento de uma dívida. O réu respondia por quatro crimes, incluíndo homicídio qualificado, ocultação de cadáver, posse ilegal de arma de fogo e munição e dano qualificado da vítima. Além da pena, ele foi condenado a pagar uma indenização de R$ 25,5 mil aos familiares e herdeiros de cada uma das vítimas, a título de reparação dos danos provocados.

Com o tribunal do júri ainda cheio, o juiz ao proferir sua sentença levou em consideração à culpabilidade, à personalidade do ex-policial, a crueldade e circunstâncias do crime, incluíndo o motivo torpe.

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Pela morte do vendedor Euclides, o juiz determinou uma pena de 18 anos e 9 meses de reclusão. A pena pela morte da menina foi de 18 anos e 9 meses de reclusão, sendo agravado em mais 1/3 pelo delito ter sido praticado contra uma menor de 14 anos, ampliando para 25 anos de reclusão. A morte da criança de 2 anos resultou em uma pena de 28 anos de reclusão.

Crime

O ex-PM é acusado do assassinar em 24 de janeiro de 2009, em Marechal Cândido Rondon, o vendedor Euclides Henrique Ernzen, 37 anos, sua filha de 12 anos e o sobrinho de 2 anos. O crime aconteceu após o vendedor ir à casa do policial para cobrar uma dívida. As crianças ficaram no carro esperando o retorno de Ernzen.

Após discussão, o policial militar teria atirado na cabeça do vendedor e depois teria feito disparos contra os menores. O veículo de Erzen foi encontrado queimado no dia seguinte ao crime. Os corpos foram encontrados em uma plantação na zona rural do município.

Testemunhas contaram à polícia que o PM foi visto rebocando um veículo no dia do crime. Um dia depois, Soares teria comprado gasolina em um posto de combustível da cidade.

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Cumplicidade

Outras pessoas foram presas acusadas de participar do crime. Segundo a polícia, o irmão e um tio do policial ajudaram o acusado a ocultar pistas dos assassinatos. O sobrinho do PM – na época com 17 anos – também teria participado. O irmão e o tio respondem em liberdade e ainda não foram julgados.