Atualizado em 03/02/06 às 20h
O ex-prefeito de Maringá - Noroeste do Paraná - Jairo Gianoto foi preso pela Polícia Federal da cidade na manhã desta sexta-feira no Centro de Maringá. Gianoto foi condenado a 14 anos em regime fechado pelos crimes de sonegação fiscal, formação de quadrilha e desvio de verba pública, cerca de R$ 1,8 milhões desviados dos cofres públicos para o pagamento de despesas pessoais e aquisição de bens duráveis e móveis.
Gianoto - que está dividindo uma cela na sede da PF com outros presos - está com a perna esquerda imobilizada em virtude de um acidente de trânsito numa rodovia próximo de Curitiba na semana passada. O advogado do ex-prefeito está tentando usar esse argumento para conseguir uma remoção de Gianoto para um hospital ou clínica, mas até as 20h não havia nenhum pedido desta natureza protocolado na PF.
Em 2003 o ex-prefeito perdeu os direitos políticos e foi condenado a devolver mais de R$ 3 milhões para a prefeitura.
PaolicchiO ex-secretário municipal de Fazenda, Luiz Antonio Paolicchi, condenado a 12 anos pelos mesmos crimes de Gianoto, está foragido, mas é aguardado a qualquer momento na sede da PF.
Paolicchi, que já esteve preso, estava sob regime semi-aberto, tendo que se apresentar diariamente em casa antes do anoitecer. O ex-secretário saiu da prisão, por já ter cumprido um terço da pena e pelo bom comportamento, em abril do ano passado após cumprir quatro anos de prisão. Na oportunidade os advogados do ex-secretário conseguiram ainda reduzir a pena de 11 para oito anos.
EnvolvidosAlém do ex-prefeito e do ex-secretário, a esposa do ex-prefeito, Neusa Gianoto, um empresário que vendeu um avião para Gianoto e dois funcionários da Secretaria Municipal da Fazenda também foram condenados, mas não foram presos.
Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Raphael Cazelli de Almeida Carvalho, da Vara Federal Criminal de Maringá, que no despacho expediu mandado de seqüestro dos bens adquiridos com o desvio de verbas e a perda de cargos públicos eventualmente ocupado pelos réus, bem como a inabilitação dos mesmos, pelo prazo de cinco anos, para o exercício de cargo ou função pública.
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