Rio Sem um plano de utilização do petróleo, integrado a planos para outras fontes de energia, o país corre o risco de perder os benefícios possíveis da auto-suficiência.
A preocupação é de Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobrás, e que atualmente coordena o Programa de Planejamento Energético da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para o físico, o Brasil não deve exportar o seu excedente de petróleo, como já prevê a Petrobrás.
"Isto significa que em um período aí de 10 a 20 anos nós poderemos não ser mais auto-suficiente na produção de óleo, caso o consumo aumente muito, o que é uma tendência com o desenvolvimento crescente do país", alerta.
Segundo Pinguelli Rosa, a obtenção da auto-suficiência por parte da Petrobrás comprova, sem dúvidas, por um lado, a eficiência da estatal.
"Não foi a abertura do mercado feita no governo do Fernando Henrique que levou a isto. Foi de fato a própria Petrobrás que aumentou a sua produção substancialmente", avalia.