Juliano Rodrigues está preso por morte de torcedor paranista| Foto: Brunno Covello / Gazeta do Povo
Pai de Diego, José Roberto Gonciero, foi avisado neste sábado sobre a prisão de Juliano

O ex-presidente e advogado da Torcida Os Fanáticos, Juliano Rodrigues, foi preso na manhã deste sábado (15) acusado pela morte de um adolescente de 16 anos, torcedor do Paraná Clube.

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O crime contra Diego Henrique Raab Gonciero ocorreu em julho de 2012 em frente à sede da Fúria Independente, no bairro Jardim Botânico, em Curitiba. Lá acontecia um churrasco de confraternização entre as torcidas do Paraná e a torcida Jovem, do Sport de Recife, quando três carros chegaram atirando no local.

A polícia já sabia que os atiradores estavam ligados à torcida de Os Fanáticos, pois testemunhas afirmaram que eles usavam camisetas do time. Porém somente agora foi possível constatar que foi da arma de Juliano, um revólver calibre 38 encontrado na casa dele, que saiu o tiro que causou a morte de Diego.

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O ex-presidente teve sua prisão temporária decretada, mas não confessou o crime. Ele nega que estivesse em um dos carros de onde partiram os tiros e nega que sua arma tenha sido tirada de casa naquele dia. Segundo o chefe da investigação, Zohair Hussein, as provas técnicas comprovam o envolvimento de Juliano, agora resta descobrir se foi ele quem puxou o gatilho e quem eram as pessoas que estavam nos três carros e que dispararam cerca de 15 tiros contra Diego e seus companheiros.

A esposa de Juliano conversou com os jornalistas após a coletiva de imprensa promovida na manhã de sábado na Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe). Ela conta que tem fotos que comprovariam que Juliano estava almoçando com a família em Antonina no momento do crime, enquanto comemoravam o aniversário da esposa. Segundo ela, o marido ficou sabendo do crime ao receber um telefonema, quando voltavam da viagem, e ficou muito aborrecido com o fato.

O pai de Diego, José Roberto Gonciero, acompanhou de perto as investigações e foi avisado neste sábado sobre a prisão de Juliano. "É um alívio saber que o culpado está preso, mas a dor que sentimos não tem como diminuir. Espero que essa punição sirva de exemplo", disse à imprensa. Ele conta que durante os dois últimos anos não teve nenhum contato com Juliano ou qualquer outra pessoa da torcida rubro-negra.

A irmã de José, contou que o sobrinho era uma pessoa tranquila, que estudava e trabalhava e que não se envolvia em confusões. "Meu irmão construiu uma nova casa e, mesmo depois da morte de Diego, construiu um quarto para ele. As roupas do meu sobrinho estão todas lá, o quarto está pronto para ele. É difícil acreditar que sua vida foi interrompida assim", diz Carmen Lúcia Gonciero.