Maura, mãe de Lavínia: polícia diz que ela foi comprar droga na hora do crime.| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

O principal suspeito de ter assassinado a menina Lavínia Rabeche da Rosa, de 9 anos, confessou o crime na manhã de ontem, segundo a Polícia Civil do Paraná. O ex-presidiário Mariano Torres Ramos Martins disse, em depoimento, que teria estrangulado a menina com um cadarço de tênis depois de molestá-la. O suspeito nega que tenha estuprado a criança. Lavínia foi encontrada morta deitada numa cama dentro da residência onde morava, no dia 15 de novembro, na Vila Esperança, no bairro Atuba, em Curitiba.

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De acordo com o delegado Rogério de Castro, responsável pelo caso, o acusado deu detalhes do crime. Martins estaria usando crack com a mãe da criança, Maura da Rosa, dentro da residência. "Eles fumaram cinco ou quatro pedras de crack cada um e Maura saiu para comprar mais", diz o delegado. Enquanto isso, o padrasto da menina, Mario Luiz de Castro, estaria em um bar.

Na ausência da mãe, Mariano teria se dirigido até o quarto onde Lavínia dormia com a irmã de 5 anos. De acordo com o delegado Rogério, o criminoso ainda contou que teria saído da casa para ver como estava o movimento na rua. "Depois de constatar que muita gente ainda andava pela região e que poderia vê-lo saindo do local do crime, ele voltou para a casa e começou a beber", disse.

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A irmã de cinco anos, que dormia em uma cama ao lado de Lavínia, só veio a acordar com os gritos da mãe, de acordo com a polícia, o que corrobora com a tese de que não tenha ocorrido o estupro.

Na versão do padrasto, a mãe das meninas teria aproveitado o momento em que as filhas dormiam e saiu para fazer um telefonema. Castro disse que estava na sala e não ouviu qualquer movimentação no quarto. A polícia descarta o envolvimento do padrasto no homicídio.

Intimidade

Segundo o delegado, o assassino tinha intimidade com a família. "Ele entrava na casa até mesmo quando os pais não estavam presentes", disse Castro. Martins comprava doces para as crianças e era visto pelos vizinhos constantemente na companhia delas. Martins também rotineiramente acompanhava Maura, catadora de papéis, no trabalho.

O caso está encerrado, para o delegado Castro, que trabalha no 12º Distrito Policial. O policial não soube afirmar se Maura virá a ser indiciada por algum crime em razão de uma suposta negligência com suas filhas.

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