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Um ex-sargento da Polícia Militar ligado ao jogo do bicho e que teria informações importantes para ajudar a elucidar a morte do bicheiro Marcelo Bertoldo, em março deste ano, foi executado no final da noite de domingo, no bairro Capão Raso, em Curitiba. A polícia não descarta a possibilidade do assassinato de Manfredo Flores Mondragon, 42 anos, ter ligação com o outro crime.

"Não podemos afirmar que foi queima de arquivo porque a vítima (Mondragon) estava envolvida com outros problemas que podem ter motivado o crime. As investigações é que irão mostrar se existe um vínculo com a morte do Marcelo", afirma o delegado Adonai Armstrong, titular da Delegacia de Homicídios.

Mondragon estava trabalhando na pizzaria de um cunhado, na Rua Doutor Manoel Linhares de Lacerda, quando dois homens armados deram voz de assalto, atiraram várias vezes contra o ex-sargento e fugiram. Um dos tiros atingiu a cabeça e outro o peito da vítima. Os investigadores acreditam que o alvo era Mondragon e que o roubo teria sido apenas uma simulação. Ele chegou a ser socorrido pelo Siate e encaminhado até o Hospital do Trabalhador, onde morreu duas horas depois.

Os investigadores estranham terem sido procurados por familiares da vítima apenas na manhã de ontem. "Somente depois disso é que pudemos fazer um levantamento pericial do local. Estamos verificando onde aconteceu a falha por não terem nos comunicado", conta Armstrong.

A ligação entre Mondragon e Bertoldo era muito próxima. Segundo investigadores, o ex-sargento trabalhava com o bicheiro e teria participado de várias reuniões com ele, agindo "quase como um sócio dele". Mondragon foi excluído da Polícia Militar por estar envolvido com crimes. Em 14 de novembro de 2005, ele foi preso pela Promotoria de Investigação Criminal de Curitiba (PIC), acusado de ameaçar de morte promotores do Ministério Público.

Enquanto o ex-sargento esteve detido, Bertoldo tentava expandir seus negócios de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, para outras localidades do estado. Ele foi morto em 16 de março, no bairro Santo Inácio, em Curitiba. Depois de ser solto, Mondragon chegou a ser ouvido pelos investigadores, mas não quis contar tudo o que sabia para esclarecer a morte do bicheiro.

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