Londrina Leptospirose foi a causa da morte de um homem de 30 anos, morador da zona rural de Londrina, no último dia 3. O rapaz era agricultor e morava no distrito de Irerê. A confirmação da causa da morte foi feita ontem pela Secretaria Municipal da Saúde, que teve acesso ao resultado do exame no final da tarde de segunda-feira. Depois de passar pelo Hospital da Zona Sul (HZS), ele foi atendido no Hospital Universitário (HU), onde faleceu. Os sintomas iniciais dor de cabeça, dor nas panturrilhas, febre, dores musculares e no abdome evoluíram e o paciente teve alteração renal e hemorragia nos pulmões.
O exame foi realizado pelo Laboratório Central (Lacen) do Estado, em Curitiba. Foi realizada também sorologia de dengue, que deu negativo. Logo após a entrada do paciente no HU e da suspeita de leptospirose, foi realizada uma operação de higienização ambiental no distrito de Irerê.
A leptospirose é transmitida por uma bactéria chamada leptospira, eliminada na urina de ratos e outros roedores. O contágio se dá quando a bactéria entra em contato com a pele e mucosas. De acordo com a médica infectologista Simone Garani Narciso, diretora de Epidemiologia e Informações em Saúde, a prevenção passa por desratização e higienização ambiental. Na zona rural, onde a abundância de grãos pode atrair ratos, é importante os trabalhadores usarem botas de borracha, luvas e mangas compridas. "Não sabemos exatamente como esse rapaz se contaminou, mas tem de ter havido contato com a urina de algum roedor", afirmou a diretora.
Os primeiros sintomas da leptospirose são febre, fraqueza e dor no corpo, mas também podem causar calafrios, vômitos, mal-estar, dores nas panturrilhas, icterícia (pele amarelada), insuficiência renal e hemorragias. O último registro de morte em razão da doença datava de 1999, quando duas pessoas, ambas de 50 anos, foram vitimadas. Nos últimos quatro anos, houve registro de 16 casos de leptospirose em Londrina, todos tratados eficazmente.