Um exame de DNA confirmou a morte de um menino desaparecido há quase 20 anos no Paraná. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira (8) pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). Leandro Correia desapareceu em 22 de maio de 1990, no município de Roncador, na região Central do estado. Ele tinha apenas três anos de idade.
Cerca de um mês após o desaparecimento da criança, uma ossada foi encontrada nas proximidades da Fazenda São Jorge, local em que a criança foi vista pela última vez. O resultado do exame de DNA, recebido pela polícia no final do último mês de fevereiro, comprovou que estes ossos eram mesmo do garoto. Leandro estava na lavoura com a mãe, Djanira dos Santos Correia, e o padrasto, Pedro Alexandre, quando sumiu.
A delegada titular do (Sicride), Ana Claudia Machado, explica que, na época do desaparecimento, a tecnologia existente não permitiu que a perícia do Instituto de Criminalística chegasse a uma conclusão. "Foi localizado apenas parte do crânio da criança, o que dificultou a identificação na época. O laudo foi inconclusivo", conta. Junto com ossos, também foram encontradas algumas peças de roupas de Leandro. Apesar disso, a família não acreditava na morte dele.
Ana Claudia afirma que as investigações do Sicride continuaram mesmo depois que o caso foi arquivado pela Justiça, em 1994. Um novo exame foi solicitado em outubro de 2008 e o resultado, confirmado no mês passado, comprovou a compatibilidade dos ossos com o DNA da mãe de Leandro. Djanira Correia foi avisada sobre a confirmação da morte do filho na quinta-feira (4). "A psicóloga da delegacia vai acompanhar esta mulher para ajudá-la. Foi um grande choque para todos na família", relata a delegada.
Ainda não se sabe se as investigações sobre a morte do garoto serão retomadas. "Vamos enviar um relatório sobre o caso e o laudo do Instituto de Criminalística para a Justiça que vai decidir se o inquérito será reaberto ou não", diz a delegada. Segundo ela, atualmente, 23 casos de crianças desaparecidas são apurados pelo Sicride. Treze deles envolvem crianças que sumiram de casa antes de 1996, ano em que o Serviço de Investigação especializado foi criado.
