Apenas 14 dos 3.046 candidatos aprovados na primeira fase do 2.º Exame de Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Paraná, faltaram às provas da segunda e decisiva etapa ontem à tarde. Em Curitiba, três não conseguiram chegar a tempo. Nesta fase foi aplicada a prova prático-profissional e os futuros advogados foram unânimes em afirmar que foi muito mais complexa do que a primeira. A prova teve duração de cinco horas e foi aplicada simultaneamente em Cascavel, Londrina, Maringá, Pato Branco, Ponta Grossa e Umuarama. O teste começou às 13 horas, mas os portões foram fechados às 12h30. Não há previsão para divulgação do resultado.
A prova consistia em redigir uma peça processual e mais cinco questões-problemas, de alguma área jurídica específica, como penal, trabalhista, direito público ou civil. Assistente de um escritório de advogados, Silvana Aparecida Lima, de 25 anos, achou difícil a prova de ontem. "Foi complexa porque envolve muitas questões práticas". A mesma impressão teve Anna Serafim, 23 anos, tentando pela primeira vez o registro da OAB. "Foi difícil, mas não impossível. Estava cheia de detalhes." Ela lembra que trouxe muitos livros, mas só usou três. Nesta etapa os estudantes podem consultar material didático.
Para Rodrigo Sponholz, 23 anos, as questões priorizaram os detalhes. Na segunda tentativa, ele não tem idéia de como foi nesta fase. "Na primeira fase tinha certeza do resultado positivo". Ele lembra que os fiscais chegaram a averiguar livros. "Foi um estresse, mas ninguém saiu da sala".
Segundo o presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem, Aramis de Souza Silveira, não ocorreu nenhum problema nas cidades onde o exame foi aplicado. Quanto à averiguação, ele disse que é normal conferir o material quando se tem alguma suspeita. Somente a certificação da OAB possibilita que o bacharel possa exercer as atribuições de um advogado.
