Exame de pólvora feito nas mãos da amiga de grávida baleada dá negativo

O exame para comprovar se havia pólvora nas mãos da amiga de Taciane de Araújo, de 14 anos, que foi baleada em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, há duas semanas, deu negativo. O laudo foi confirmado nesta segunda-feira (15) pelo delegado da polícia civil da cidade Osmar Feijó.

A jovem, de 16 anos, havia assumido a autoria de um suposto disparo acidental em seu primeiro depoimento. Depois, ela confirmou ao delegado que temia pela própria vida e que um vizinho teria atirado na amiga. O suspeito, Diego Ribeiro Colaço, 19, que seria um traficante, teve a prisão temporária solicitada e está foragido. Enquanto o inquérito não é concluído, a adolescente está internada no Serviço de Assistência Social, em Curitiba.

A polícia trabalha com a hipótese de que Diego tenha cometido o crime propositalmente. Entre as possibilidades, o delegado Feijó acredita que há suspeitas de que o pai da criança seja um traficante da região e o crime teria sido motivado por uma disputa pelo comando do tráfico de drogas no local. Outra versão aponta que Colaço estaria interessado em ter um relacionamento amoroso com a vítima. Como não teria sido correspondido, teria tentado se vingar.

Taciane morreu há uma semana, após sete dias internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Trabalhador, em Curitiba. Ela estava grávida de seis meses quando foi atingida. Mesmo em coma induzido para evitar o parto precoce do bebê, a criança nasceu três dias após o crime. O recém-nascido será criado pelo avô.