Quase 60% dos recém-formados em escolas médicas de São Paulo não atingiram o critério mínimo no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremesp). Isso significa que 1.684 dos 2.843 participantes acertaram menos de 72 das 120 questões da prova, aplicada em novembro. A maioria dos profissionais não conseguiu responder, por exemplo, se tosse por longo tempo poderia indicar suspeita de tuberculose.

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O resultado foi considerado "ridículo" pelo coordenador do exame, Bráulio Luna Filho. "Nós, do Cremesp, queremos que esse profissional (reprovado) volte para a escola. O maior problema é que, assim que recebe o diploma, o aluno deixa de ser responsabilidade da faculdade e se torna responsabilidade do conselho", diz. De acordo com o Cremesp, 70% das questões de múltipla escolha tiveram nível fácil e médio, o que deixa o quadro ainda mais preocupante. "O objetivo é avaliar se o recém-formado sabe o básico ao concluir o curso, o mínimo necessário para exercer com segurança a profissão."

O porcentual de reprovados ficou 4,7 pontos acima do número de 2012. Esta foi a 9.ª edição da prova, mas apenas a segunda realizada depois que se tornou obrigatória para quem deseja se inscrever no Cremesp e atuar no estado. O registro, no entanto, não depende do desempenho no exame.

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