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Maringá e Ribeirão Claro - O Instituto Adolfo Lutz de São Paulo, responsável pelos exames nos macacos mortos no Parque do Ingá, informou que não foi o vírus da febre amarela que matou os animais. A confirmação foi dada ontem, mesmo dia em que morreu o 13º sagui no local. A Secretaria Estadual de Saúde ainda não recebeu o laudo técnico dos exames, e ainda não é possível afirmar qual a doença responsável pelas mortes. Com isso, o Parque do Ingá continua fechado para visitação.

De acordo com o superintendente de vigilância em saúde da secretaria estadual, José Lúcio dos Santos, provas preliminares já atestavam que o resultado era negativo para febre amarela, mas não era possível afirmar com 100% de certeza enquanto não ficasse pronto o laudo oficial do instituto de São Paulo. "Vários tipos de vírus estão sendo pesquisados. Uma possibilidade é o arenavírus, que também pode ser transmitido para humanos", disse Santos. Ele explicou que o arenavírus é transmitido para seres humanos por meio de fezes e urina de roedores contaminados, mesmo assim é um risco ter o vírus em circulação entre primatas.

O 13º macaco morto foi encontrado durante vistorias de rotina que estão sendo realizadas desde que o parque foi fechado. Segundo Mauro Nani, diretor do parque, o animal foi encontrado bastante debilitado e morreu por volta de 15 horas.

Ribeirão Claro

Pelo menos mais 11 macacos mortos foram encontrados pelas equipes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) que desde o começo do mês vasculham as matas de quatro cidades no entorno da represa de Xavantes, no Norte Pioneiro do Paraná, na divisa com São Paulo. Com a descoberta, já são 20 animais encontrados mortos, a maioria em áreas de preservação de Ribeirão Claro.

Os resultados de exames laboratoriais feitos nos primeiros animais encontrados devem sair nos próximo dias. A preocupação na região ainda é com a febre amarela. A maioria dos animais encontrados apresenta sinais da doença, como a presença de indícios de hemorragia.

Desde o começo da semana, equipes da 19ª Regional de Saúde e das secretarias de Saúde de Ribeirão Claro, Carlópolis, Siqueira Campos e São Jose da Boa Vista estão visitando as propriedades rurais e vacinando os moradores. "Estamos há 10 dias atendendo de dia e também à noite. Agora, vamos procurar pessoas não vacinadas e aquelas que se recusarem a ser imunizadas assinarão um termo de responsabilidade", explica a secretária de Saúde de Ribeirão Claro, Ana Maria Baggio Molini. Mais de 80 mil doses da vacina foram enviadas à região.

A doença tem assustado as cidades paranaenses que fazem divisa com o sudoeste do estado de São Paulo. Somente em Piraju, cidade que fica distante pouco mais de 80 quilômetros da divisa com o Paraná, seis pessoas já morreram vítimas da doença.

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