O Instituto Médico Legal (IML) concluiu preliminarmente que quatro dos dez menores de idade de Fazenda Rio Grande, cidade da região metropolitana de Curitiba, não sofreram abusos sexuais ou físicos do próprio pai. Porém, a polícia não descarta a hipótese das outras seis análises darem positivo ou que os quatro laudos omitam atentados violentos que não deixam marcas, como apalpações.

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O caso ganhou notoriedade em meados de novembro, quando a Justiça de Fazenda Rio Grande confirmou que nove irmãos, entre 2 e 15 anos de idade, passaram a viver em um abrigo para menores desde setembro. A suspeita é de que o próprio pai, que tem aproximadamente 55 anos, os tenha violentado sexualmente. Para preservar a identidade das crianças, o nome do suspeito não será divulgado.

Mesmo casado oficialmente há 28 anos com a primeira mulher, com quem tem seis filhos, o suspeito vivia com outras duas companheiras no mesmo terreno. Com uma delas tinha outros cinco filhos e com a terceira, mais três.

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"Seria uma prova importantíssima, se não fundamental", comenta o delegado Rogério Antônio Haisi, que preside o inquérito do caso, sobre os resultados. Na opinião do policial, se os exames dessem positivos, possivelmente seria pedida a prisão preventiva do suspeito. Todos os periciados pelo IML vivem atualmente em um abrigo infantil. Os outros quatro filhos moram com as mães. O pai está proibido pela Justiça de se aproximar das crianças e adolescentes.

Haisi afirma que deve concluir o inquérito até o final da semana que vem. Até lá, o IML deve enviar os exames oficiais das dez crianças. O suspeito pode ser indiciado por crimes de estupro, atentado violento ao pudor e lesões corporais.

Contatado pela reportagem, o IML não quis comentar sobre os resultados dos exames ou sobre a impossibilidade de comprovar as agressões menores.