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Unidade da Fiocruz é referência para tratamento de ebola

Nas últimas semanas, os infectologistas passaram por treinamentos sobre como tratar as pessoas contaminadas pelo vírus e participaram de palestras com profissionais que estiveram nas áreas epidêmicas.

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Os exames que permitirão o diagnóstico do paciente Souleymane Bah, de 47 anos, suspeito de estar infectado pelo vírus ebola, serão feitos no Instituto Evandro Chagas em Ananindeua, na região metropolitana de Belém.

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A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, ligado à Fiocruz, no Rio, para onde Bah foi transferido por volta das 5h desta sexta-feira (10), vindo de Cascavel, no Oeste do Paraná.

INFOGRÁFICO: saiba a origem da epidemia e como o vírus age no corpo humano

Natural da Guiné, na África, o paciente estava hospitalizado em uma unidade de pronto-atendimento em Cascavel com quadro febril. No Rio, ficará internado e isolado durante o período de observação.

Seu sangue será coletado no instituto carioca e transferido para o de Belém, que é especializado em vírus exóticos e foi selecionado pelo Ministério da Saúde como laboratório de referência para diagnosticar o ebola. A transferência das amostras de sangue devem acontecer ainda nesta sexta, segundo a assessoria da Fiocruz.

O caso de Bah é a primeira suspeita oficial de contaminação por ebola no Brasil - o vírus é transmitido por fluídos corporais de pessoas ou animais infectados. Os principais sintomas são febre, dores de cabeça, nos músculos e articulações, e garganta seca. Em quadros avançados há hemorragia.

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O Instituto Evandro Chagas do Rio é um dos hospitais selecionados pelo Ministério da Saúde, e escolhido como centro de referência, para internação de suspeitos - o outro é o Emílio Ribas, em São Paulo. "Vínhamos fazendo treinamentos e palestras semanais sobre o ebola, inclusive com integrantes da [ONG] Médicos sem Fronteiras que lidaram diretamente com a doença na África", disse Elisa Andries, chefe de comunicação da Fiocruz. "Tivemos também uma simulação de atendimento em agosto e havia outra programada para a próxima semana."

Segundo Andries, o instituto nunca lidou com um caso tão grave, mas está preparado para enfrentá-lo. "Nesse caso, a letalidade é muito alta, nunca vivemos isso. Mas nosso hospital é referência em doenças infecciosas e tem capacidade de atender este caso."