Militares do Exército acompanham desde o final da tarde de terça-feira (25) policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) em uma operação nas favelas Nova Holanda e Parque União, no Complexo da Maré, zona norte do Rio. A ideia é fazer um reconhecimento de território. As Forças Federais devem ocupar o conjunto de comunidades nos próximos dias.

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A data da entrada definitiva dos militares na região ainda não foi divulgada. O efetivo oficial também não foi revelado. Tropas das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança vão ocupar as favelas da Maré até, no mínimo, 31 de julho - tempo suficiente para que a região, caminho para quem chega à cidade pelo aeroporto do Galeão ou pela avenida Brasil, fique com segurança reforçada até a final da Copa do Mundo.

Ainda há previsão de instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no local. Com 130 mil habitantes, segundo o censo de 2010 do IBGE, o complexo da Maré é o maior conjunto de favelas do Rio de Janeiro. São 17 comunidades com pouco mais de 43 mil domicílios em uma localização estratégica em termos de segurança.

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Situado às margens da baía de Guanabara, o complexo é cortado pelas principais vias do Rio - avenida Brasil e as linhas Vermelha e Amarela.

Segundo o serviço de inteligência da PM, em suas vielas cerca de 200 traficantes de diferentes facções e milicianos disputam o comando de um território de 800 mil m2. Investigações apontam que o tráfico das favelas Nova Holanda e Parque União é chefiado pelo Comando Vermelho; da Baixa do Sapateiro até o conjunto Esperança, há traficantes do Terceiro Comando Puro; já na favela Roquete Pinto há milicianos.

Há dois anos, a Secretaria de Segurança do Estado promete abrigar o novo Batalhão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) próximo ao conjunto de favelas.

Até agora, no entanto, a mudança não aconteceu. O batalhão continua em Laranjeiras (zona sul) e sem previsão de mudança.

Em junho de 2013, uma série de confrontos entre PMs e criminosos deixou dez mortos e seis feridos na Maré após um grupo aproveitar um protesto de estudantes para assaltar motoristas e pedestres.

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