Desde o dia 29 de março as ruas de Francisco Beltrão, no Sudoeste, estão ocupadas por militares do Exército que têm como única missão encontrar um fuzil leve automático roubado por dois homens armados de um soldado que estava de plantão.
Na noite de quarta-feira (11), os militares fizeram a maior operação em busca da arma. Cerca de 250 militares ocuparam vários pontos da cidade, abordaram pessoas e revistaram carros, mas o fuzil não foi localizado. Dezenas de viaturas, caminhões, ambulâncias e até um veículo blindado são usados nas buscas. "Este fuzil não pode estar em mãos erradas", diz o comandante do 16º Esquadrão de Cavalaria Motorizado, capitão Gustavo Coutinho Nascimento. Segundo ele, o Exército só sai das ruas quando o fuzil retornar para o quartel.
Auxiliam nas buscas militares de Cascavel, Guaíra, Guarapuava, Curitiba, Palmas e Foz do Iguaçu, além das polícias Civil e Militar.
O roubo da arma, segundo Coutinho, aconteceu por "desatenção" de um soldado que estava de plantão na noite do dia 29 de março. O soldado que está há um mês no Exército teria atendido ao chamado de dois jovens que pararam uma motocicleta próximo à guarita onde o militar trabalhava. "Ele não fez os procedimentos corretos e acabou rendido", diz Coutinho. O soldado foi rendido pelos rapazes que portavam uma pistola e obrigado a entregar o fuzil.
Duas semanas após o roubo, o comando do esquadrão diz acreditar que a arma esteja escondida na cidade porque a reação foi imediata. "Vinte minutos depois [do roubo] a cidade estava tomada. Essa pronta resposta é que me garante que o fuzil ainda está aqui", diz Coutinho. Segurança
Se por um lado o roubo do fuzil preocupa o Exército, as buscas pela cidade têm agradado a população, que está se sentindo mais segura com tantos militares nas ruas. "Parou um pouquinho a maconha que incomodava perto das bodegas", diz a dona de casa Clecir Soares, de 50 anos. "Quando se trata de segurança com militar ela é máxima", resume o motorista aposentado Valdir Ozelame, 70.Uma moradora que preferiu se identificar apenas como Rose, de 33 anos, disse que agora está se sentindo protegida. Ela e outras amigas aproveitaram a operação feita pelos militares para se exercitar com mais segurança em uma academia ao ar livre. "Que Deus abençoe que eles encontrem o fuzil, vai que algum inocente morre, mas está sendo bom [a operação] porque estão rondando o nosso bairro", avalia.
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