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Em uma ofensiva rápida, feita de surpresa, o país vermelho atacou postos do exército dos azuis, na fronteira entre as duas nações. Agora os azuis deslocam suas tropas, numericamente superiores às dos vermelhos, para recuperar o território perdido.

Os primeiros tiros foram disparados na tarde desta terça-feira e os dois lados se dedicam ao planejamento cuidadoso dos próximos passos.

A guerra descrita acima pode não existir na realidade, mas a simulação de combate entre azuis e vermelhos promovida pelo Exército, Aeronáutica e Marinha no Sul do Brasil constitui a maior manobra de guerra convencional da América Latina.

Os países vermelho e azul correspondem à divisão geográfica dos estados da Região Sul; os azuis representam Paraná, Santa Catarina e a parte do norte do Rio Grande do Sul, enquanto os vermelhos vivem nas cidades gaúchas, mais ao Sul.

O Paraná também participa do combate, mas aqui não há tropas no campo. Toda a batalha é simulada por computador. "Temos um programa que simula todas as condições de um combate. As equipes planejam suas ações, como numa guerra real", explica o general Túlio Cherem, comandante da 5ª. Região Militar. Enquanto os oficiais dos dois grupos planejam o próximo passo, um terceiro grupo analisa os resultados no simulador. Segundo o general Cherem, todas as variáveis são importantes. "Alimentação, logística, efetivo e equipamento. Tudo é levado em conta."

Embora o exército azul tenha um efetivo maior, uma ação equivocada pode fazer com que o exército vermelho saia vitorioso. "No final da operação vamos fazer o diagnóstico. Vamos analisar erros e acertos", explica o general.

Realizado pelo segundo ano consecutivo, a Operação Pampa é o maior exercício combinado do Ministério da Defesa e envolveu o deslocamento de tropas e de equipamentos como aviões, navios, tanques e caminhões para o Rio Grande do Sul. O custo estimado é de R$ 6 milhões. A operação prossegue até terça-feira, 14 de novembro, e servirá para o Ministério da Defesa avaliar os procedimentos operacionais das três forças.

"Elas (as manobras) mostram que temos Forças Armadas unidas e capazes de ser empregadas", afirmou o general do Exército Carlos Alberto Pinto Silva, comandante militar do Sul e do Teatro de Operações Sul.

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